• Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Veja quem já foi alvo da lei dos EUA que sanciona Moraes

Lei Magnitsky permite que qualquer pessoa ou autoridade estrangeira suspeita de corrupção ou abusos seja alvo de sanções

O governo de Donald Trump aplicou nesta quarta-feira (30/7), a Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) . O nome do ministro já consta no sistema do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que administra e aplica programas de sanções. Ao todo, mais de 650 pessoas, desde 2017, já foram sancionadas pela lei. A legislação norte-americana tem como objetivo de punir autoridades internacionais acusadas de violação aos direitos humanos. Na prática, as sanções da afetam os alvos principalmente por meios econômicos, como o congelamento de bens e contas bancárias em solo ou instituições norte-americanas. A Lei Magnitsky foi usada pela primeira vez em 2017, durante o próprio governo Trump, quando três figuras da América Latina, Roberto José Rivas Reyes, da Nicarágua, Julio Antonio Juárez Ramírez, da Guatemala, e Ángela Rondón Rijo, da República Dominicana, foram punidas por corrupção e . Em julho de 2020, o governo norte-americano anunciou sanções ao departamento de polícia da região de Xinjiang, na China, e quatro oficiais do governo chinês por abusos aos direitos humanos contra minorias étnicas locais. Em 2023, quando foi divulgado o último relatório publicado pelo governo americano sobre as sanções aplicadas no marco da Lei Magnitsky, nove pessoas de países diferentes – em sua maioria ditaduras ou regimes considerados híbridos – foram sancionadas. Naquele ano, indivíduos do Afeganistão, Bulgária, Guatemala, Haiti, Libéria, Paraguai, China, e Uganda sofreram a aplicação da lei. Já entre os sancionados desde a ampliação da lei estão o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes e o ex-vice-presidente do país Hugo Adalberto Velazquez Moreno. Ambos sofreram a medida por supostos casos de corrupção. Leia também Entenda a lei Magnitsky Criada em 2012 durante o governo de , a Lei Magnitsky permite aos Estados Unidos punir estrangeiros envolvidos em corrupção ou graves violações de direitos humanos. O dispositivo surgiu após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção em seu país e morreu em uma prisão de Moscou em 2009, aos 37 anos. Inicialmente voltada para punir os responsáveis por sua morte, a legislação teve seu alcance ampliado em 2016, permitindo que qualquer pessoa ou autoridade estrangeira suspeita de corrupção ou abusos fosse alvo de sanções.
Por: Metrópoles

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