O vice-presidente da União Progressista, senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu nesta 3ª feira (19.ago.2025) que filiados à federação que ocupam cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixem a administração petista.
O presidente da federação, Antônio de Rueda, endossou a ideia. Ele afirmou que as comissões executivas dos partidos vão deliberar sobre a questão. “Quanto antes a gente tratar, mais simples será tocar essa federação. Eu imagino que a deliberação seja no sentido de afastar do governo”, disse.
O União Brasil e o Progressistas formalizaram em evento em Brasília a criação da federação, que passa a ser a maior bancada do Congresso. Juntos, controlam 4 ministérios (Turismo, Integração Nacional e Comunicações, do União Brasil, e Esporte, do PP).
Para Ciro Nogueira, a permanência de filiados à União Progressista em cargos no governo é “constrangedora”. Ele é também presidente do PP (Progressistas). Rueda comanda o União Brasil.
“O que nos constrange hoje é a presença de membros do nosso partido em cargos no governo. E eu defendo que isso seja terminantemente proibido, mas isso tem que ser uma deliberação dos 2 partidos”, disse.
Quando perguntado sobre possíveis divergências sobre a decisão, dado o tamanho da bancada, o senador afirmou que “talvez tenha aí 5% querendo ficar”.
Ex-ministro da Casa Civil no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro Nogueira é um dos principais nomes da oposição no Congresso.
O senador destacou que as duas siglas tendem a votar unidas, sobretudo em pautas contrárias ao aumento de impostos. Porém, disse que deve endossar quando o governo apresentar boas propostas. “Não temos preconceito em apoiar”, declarou. A nova federação tem 109 deputados federais e 15 senadores.
O congressista também defendeu que a federação avance para a construção de uma alternativa eleitoral. “Se essas pessoas que estiveram aqui hoje, junto com outros governadores, se unirem na próxima eleição, vamos ganhar no 1º turno”, afirmou.
Ele disse que, embora tenha “sempre defendido a candidatura” de Jair Bolsonaro (PL), é preciso buscar uma alternativa já que o ex-presidente está inelegível até 2030. Segundo o senador, se não houver definição rápida do quadro eleitoral, o grupo deve se organizar para lançar um nome competitivo.





