O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta 3ª feira (19.ago.2025) que a federação União Progressista não é um movimento de oposição ou situação, mas um esforço para fortalecer os partidos e a democracia brasileira.
Alcolumbre abriu seu discurso no evento que formalizou a federação dizendo que a sigla tem um caráter histórico: “Não é um movimento de oposição ou de situação. Este movimento precisa fazer política com P maiúsculo, com um olhar voltado para o futuro do Brasil”, disse.
O presidente do Senado lembrou que a criação da federação envolveu renúncia a interesses pessoais. Citou o exemplo da fusão do PSL com o Democratas e enfatizou o papel de líderes como ACM Neto, Ciro Nogueira, Antônio Rueda e Arthur Lira na construção da federação.
Alcolumbre adotou tom conciliador no discurso. Reforçou a necessidade de ponderação: “A política foi feita para resolver problemas e não para criar problemas. Peço reflexão de todos que ajudaram a que esse dia acontecesse”, disse.
O mesmo tom conciliador foi pautado pelo ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, que discursou falando sobre a importância do diálogo.
“Aí o Brasil terá opções, Tarcísio, Caiado: de discussão, diálogo, debate e até discordância, mas sempre visando o que é melhor para o país”, declarou.
As falas divergiram de líderes da federação, que deixaram claro seu posicionamento crítico ao governo federal.
O presidente da União Progressista, senador Ciro Nogueira (PP-PI), defendeu que filiados da federação que ocupam cargos no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixem a gestão.
O presidente do União Brasil e também dirigente da federação, Antônio de Rueda, concordou: “Quanto antes a gente tratar, mais simples será tocar essa federação. Eu imagino que a deliberação seja no sentido de afastar do governo”, disse.
ACM Neto, vice-presidente do União Brasil, declarou que a federação nasce como oposição: “Não vejo hipótese de alinhamento com o governo e nem de aliança com o PT”, afirmou.