O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), disse que o governo de Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela, esquerda) na Venezuela se aproxima do fim.
Em entrevista ao programa “60 Minutes”, da CBS, Trump foi perguntado se considera que os dias de Maduro como presidente “estão contados”. Respondeu:“Eu diria que sim. Acho que sim”.
O presidente norte-americano disse não acreditar que o conflito entre Estados Unidos e Venezuela vá se transformar em guerra. Trump declarou que EUA têm agido de forma “muito eficaz” ao interceptar embarcações que, segundo ele, estão ligadas ao tráfico de drogas no Caribe.
Assista à entrevista (1h13min50s):
Os Estados Unidos mantêm desde setembro ofensivas regulares contra embarcações no oceano Pacífico e no mar do Caribe. As ações, ordenadas por Trump e pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, são justificadas como parte do combate ao narcotráfico. Segundo o governo norte-americano, os barcos transportam drogas da Venezuela e da Colômbia em direção ao território norte-americano. A Venezuela afirma que as ações representam uma ameaça à sua soberania.
O último ataque norte-americano foi no sábado (1º.nov.2025), no oceano Pacífico, e deixou 3 mortos. No total, foram 15 ofensivas, 16 embarcações destruídas e 64 mortos.
Segundo o jornal The Washington Post, Maduro enviou cartas aos governos da Rússia, da China e do Irã para pedir ajuda militar, técnica e financeira com o objetivo de reforçar a capacidade de defesa venezuelana.
O líder venezuelano, no entanto, sinalizou disposição para negociar com os Estados Unidos, desde que haja garantias de participação chavista em uma possível transição política e anistia a integrantes do governo.
O chavismo, no poder há mais de 25 anos, enfrenta pressão militar sem precedentes dos EUA nos últimos 2 meses. A administração Trump intensificou ações contra o país sul-americano, que possui as maiores reservas de petróleo do mundo.
Na mesma entrevista à CBS, Trump foi questionado sobre a política nuclear norte-americana. Disse que pretende retomar testes com armas atômicas, interrompidos há mais de 30 anos, para acompanhar o ritmo de outros países. “Vamos testar armas nucleares como outros países fazem, sim”, declarou.
O presidente afirmou ainda que há “muitos países” realizando testes nucleares e que os Estados Unidos “precisam manter a força” para preservar a segurança nacional. O governo norte-americano suspendeu ensaios do tipo em 1992, mas continua desenvolvendo novas ogivas e modernizando o arsenal.
