• Quinta-feira, 31 de julho de 2025

Trump crava tarifaço no dia 1°: “Prazo não será prorrogado”

"O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1° de agosto. Ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!", afirmou Trump

O presidente dos Estados Unidos, , reiterou nesta quarta-feira (30/7) que o tarifaço comercial imposto pelo governo norte-americano a diversos países, entre os quais o Brasil, entrará mesmo em vigor na próxima sexta-feira (1°/8), sem possibilidade de prorrogação. As declarações de Trump foram dadas em mensagens publicadas em sua própria rede social, a Truth Social, a apenas dois dias do fim do prazo estipulado pela para que os países atingidos pelas tarifas negociem uma eventual redução das taxas com os EUA. “O prazo de 1º de agosto é o prazo de 1° de agosto. Ele continua firme e não será prorrogado. Um grande dia para a América!”, escreveu Trump. Leia também Secretário do Comércio já havia descartado prorrogação Na véspera, o secretário do Comércio dos , Howard Lutnick, adotou discurso semelhante e voltou a afirmar . Segundo Lutnick, que concedeu entrevista à CNBC, é possível que os EUA mantenham negociações com a União Europeia (UE) e a China acerca das tarifas comerciais. “Mas, para o resto do mundo, teremos tudo pronto até sexta-feira”, . Trump anunciou a aplicação de tarifas extras de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil aos norte-americanos. Até o momento, não houve avanço significativo nas negociações entre os governos brasileiro e dos EUA. Os EUA também instauraram investigação comercial, aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), a pedido de Trump. O governo norte-americano afirma que a análise pretende investigar supostas práticas comerciais desleais do Brasil em relação aos EUA e cita como exemplo as recentes disputas judiciais envolvendo plataformas digitais. Produtos podem ficar isentos de tarifas Na mesma entrevista, Lutnick admitiu que o país pode recuar e decidir isentar alguns produtos “incapazes de crescer em solo americano” das tarifas comerciais anunciadas por Trump. Entre esses itens, segundo Lutnick, estariam café, cacau, manga, abacaxi e alguns recursos naturais. O secretário do Comércio, um dos aliados mais próximos de Trump, não mencionou os países que poderiam ser beneficiados com a possível isenção. “Em nossos acordos comerciais, nossa expectativa é que, em relação aos recursos naturais indisponíveis, como uma banana, outras especiarias e raízes, pode não haver tarifa”, afirmou Lutnick. Ainda de acordo com o secretário do Comércio, se os EUA decidirem não tarifar o café ou o cacau, por exemplo, os países possivelmente beneficiados terão de abrir seus mercados para a soja norte-americana, como contrapartida. “Por que vocês esperam nos vender café e cacau e não nos deixam vender soja? Parece injusto. Vamos tornar isso justo”, defendeu. O café é um dos principais produtos vendidos pelo agronegócio brasileiro.
Por: Metrópoles

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