Trump confirma conversa com Maduro em meio à escalada militar
Presidente dos EUA não deu detalhes sobre o diálogo, mas imprensa norte-americana aponta ameaça e orientação para fuga do venezuelano
O presidente dos Estados Unidos, , confirmou ter conversado por telefone com o ditador da Venezuela, , em meio à escalada militar travada pela Casa Branca no mar do Caribe. A confirmação foi dada pelo republicano a jornalistas, neste domingo (30/11), quando ele estava a bordo do avião presidencial, a caminho de Washington após passar o Dia de Ação de Graças na Flórida.
A conversa entre Trump e Maduro começou a ser nos bastidores da diplomacia norte-americana, gerando expectativa sobre a possibilidade do início de uma negociação entre Washington e Caracas. Nos últimos dias, os EUA ordenaram o fechamento do espaço aéreo da Venezuela, o que acendeu alertas sobre um eventual ataque militar ao país.
“Eu não quero comentar sobre, mas a resposta é sim”, disse Donald Trump ao se perguntado se a ligação ocorreu.
O republicano não deu mais detalhes sobre o diálogo. Segundo o New York Post, Trump teria orientado Maduro a deixar a Venezuela imediatamente para proteger a si mesmo e sua família. O venezuelano, segundo a publicação, teria exigido manutenção do controle militar no país e anistia, em troca de eleições livres.
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De acordo com a imprensa norte-americana, a tensa conversa ocorreu na semana passada, ou seja, antes da ordem de fechamento do espaço aéreo e, até mesmo, de um o que gerou especulações sobre o paradeiro do líder venezuelano.
Investida militar
Trump chegou a dizer, na última semana, que ataques terrestres a carteis de drogas da Venezuela poderiam ocorrer “muito em breve”. Desde o início da escalada militar, os EUA começaram a explodir embarcações civis no Atlântico e no Pacífico, sob o pretexto de combate ao transporte de drogas.
O país enviou, também, o maior porta-aviões do mundo para o Mar do Caribe, o que gerou alerta na região sobre uma possível invasão.
O Brasil, considerado uma liderança diplomática da região, observa atentamente a situação. Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter rompido relação com Maduro ao não reconhecer a última eleição na Venezuela, o petista recriminaria uma ofensiva militar dos EUA.
Por: Metrópoles





