• Sábado, 26 de abril de 2025

Tristeza parasitária: A perigosa doença bovina que você precisa conhecer

A saúde do gado é um dos pilares da pecuária de sucesso, e entre os desafios que mais comprometem a produtividade está a Tristeza Parasitária Bovina (TPB)

A saúde do gado é um dos pilares da pecuária de sucesso, e entre os desafios que mais comprometem a produtividade está a Tristeza Parasitária Bovina (TPB) Essa enfermidade, embora amplamente conhecida, ainda traz prejuízos expressivos ao setor pecuário brasileiro. De acordo com a Embrapa, três em cada quatro bovinos entram em contato com os agentes causadores da doença antes mesmo de completar um ano de vida. Apesar da sua frequência, muitos produtores ainda subestimam os riscos e os danos provocados pela TPB. Por isso, entender suas causas, formas de transmissão, sintomas e, principalmente, como preveni-la, é fundamental para manter o rebanho saudável e os lucros em alta.
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    O Que Está Por Trás da Tristeza Parasitária? A TPB é provocada por parasitas que atacam o sangue dos bovinos: protozoários do gênero Babesia e a bactéria Anaplasma marginale. Ao invadirem e destruírem as hemácias, esses microrganismos provocam uma anemia severa, que pode levar à morte se não for tratada a tempo. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A disseminação desses agentes ocorre principalmente através de vetores como carrapatos e moscas hematófagas, além de instrumentos veterinários contaminados, como agulhas reutilizadas. Vetores e Formas de Contágio Carrapatos:
    São os grandes vilões quando se trata de babesiose bovina. As espécies Babesia bovis e Babesia bigemina usam esses aracnídeos como meio de transporte para infectar o rebanho. O parasita entra na corrente sanguínea, destrói glóbulos vermelhos e gera impactos devastadores. Insetos Sugadores de Sangue:
    Moscas como a Stomoxys calcitrans e pernilongos também são responsáveis por transmitir a Anaplasma marginale. Após picarem um animal contaminado, esses insetos podem carregar o patógeno para outros bovinos, espalhando a doença no rebanho. Contaminação Mecânica:
    Práticas inadequadas de manejo sanitário, como o uso repetido de seringas ou outros materiais sem esterilização adequada, também são vias de contágio frequentemente negligenciadas. Como Reconhecer os Sinais? O desenvolvimento da TPB costuma ser rápido. Os sintomas nem sempre são facilmente perceptíveis nas fases iniciais, mas evoluem de maneira agressiva:
  • Redução drástica no apetite
  • Mucosas pálidas ou esbranquiçadas
  • Letargia e fraqueza pronunciada
  • Perda de peso acelerada
  • Febre elevada
  • Pelagem sem brilho
  • Respiração ofegante
  • A atenção aos primeiros indícios pode fazer a diferença entre salvar o animal e sofrer uma perda irreversível. Estratégias de Controle e Prevenção Evitar que a doença atinja o rebanho exige uma combinação de cuidados contínuos e manejo criterioso. Confira as principais recomendações: 1. Controle de Vetores:
    Medidas como rotação de pastagens, controle ambiental e uso de produtos acaricidas contribuem para diminuir a infestação de carrapatos e insetos transmissores. 2. Tratamento Profilático:
    O uso estratégico de medicamentos pode prevenir infecções graves. Fármacos como imidocarb, oxitetraciclina e compostos diamidínicos são opções para proteger o rebanho. 3. Imunização Silenciosa:
    Administrar doses controladas de determinados medicamentos permite que o animal entre em contato com o agente de forma leve, desenvolvendo imunidade sem manifestar sintomas graves. 4. Nutrição de Qualidade:
    Bovinos bem nutridos apresentam maior resistência imunológica. Uma dieta balanceada fortalece o organismo e o prepara para enfrentar eventuais infecções. 5. Acompanhamento Contínuo:
    Monitoramento frequente do rebanho por meio de exames e observação clínica é indispensável para identificar precocemente casos suspeitos e agir com rapidez. Importante: Sempre conte com a orientação de um médico veterinário para qualquer ação preventiva ou terapêutica. Curiosidades e Fatores de Risco que Poucos Conhecem
  • Raças europeias estão mais expostas: Animais de origem taurina ou cruzamentos industriais apresentam maior vulnerabilidade à TPB.
  • Produção em queda: A doença pode causar redução de até 30% na produção leiteira e de 15% no rendimento de carne.
  • Custo oculto: Além das perdas produtivas, há risco de abortos, menor ganho de peso e queda na conversão alimentar.
  • Diagnóstico complicado: Em muitos casos, os sinais clínicos podem ser confundidos com outras doenças, o que dificulta o diagnóstico precoce.
  • Abordagem integrada é essencial: O uso exclusivo de carrapaticidas não basta. É preciso um plano que envolva nutrição, manejo, vacinação e vigilância constante.
  • A Tristeza Parasitária Bovina não é apenas uma doença comum — é uma ameaça real à sustentabilidade e à rentabilidade da pecuária. Mas o conhecimento e a adoção de práticas corretas de prevenção e controle são aliados poderosos na luta contra essa enfermidade. Um rebanho bem manejado é um rebanho mais saudável, produtivo e lucrativo. Escrito por Compre Rural VEJA MAIS
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  • ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
    Por: Redação

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