O TJPB (Tribunal de Justiça da Paraíba) negou, no sábado (16.ago.2025), o pedido de liberdade impetrado pela defesa do influenciador digital Hytalo Santos e de seu marido, Israel Nata Vicente.
A defesa havia entrado com um habeas corpus, mas a juíza plantonista Lilian Correia Cananéa decidiu pela manutenção da prisão preventiva. As informações são do g1.
O influenciador Hytalo e o marido estão presos desde 6ª feira (15.ago) e são investigados pelo MP-PB (Ministério Público do Estado da Paraíba) e pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) por exploração e exposição de menores de idade em conteúdos produzidos para as redes sociais. Há suspeita de abuso sexual e tráfico humano.
O caso ganhou repercussão após vídeo do youtuber Felca sobre adultização de crianças e adolescentes.
O Poder360 procurou a defesa de Santos e Vicente por meio de aplicativo de mensagens para perguntar se gostaria de se manifestar a respeito da decisão do TJPB. Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
Na 6ª feira (15.ago) em entrevista a jornalistas replicada em seu perfil no Instagram, o advogado Felipe Cassimiro, que defende o casal, disse que Hytalo e Israel são “pessoas primárias”, e, portanto “podem responder à investigação até mesmo sob medidas cautelares, que é o que a gente vai buscar com o nosso habeas [corpus]”.
ACUSAÇÕES
A prisão foi realizada pela Polícia Civil de SP em conjunto com o MP-PB, o MPT e a Polícia Civil da Paraíba. Os mandados foram expedidos pelo juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, da 2ª Vara da Comarca de Bayeux, da Paraíba. Na casa de Hytalo, os policiais apreenderam 8 celulares.
“As apurações criminais vêm sendo conduzidas com rigor técnico e absoluto respeito aos direitos e à dignidade das vítimas, especialmente crianças e adolescentes. Entretanto, o vazamento de informações sigilosas e a execução de medidas de natureza civil, dissociadas dos métodos próprios da investigação criminal, têm prejudicado a eficiência e a segurança do trabalho investigativo, além de potencialmente expor as vítimas a novos riscos”, disse o MP-PB.
O órgão afirmou que o caso exige tratamento responsável, sem sensacionalismo e com máxima proteção à intimidade das vítimas, sobretudo no enfrentamento à exploração sexual, em especial no ambiente digital.
“É importante destacar a necessidade do efetivo combate ao tráfico humano em âmbito estadual, pois se trata de uma grave violação de direitos que, embora muitas vezes menos visível que o transnacional, provoca impactos profundos nas comunidades locais”, disse o MP-PB.
No sábado (16.ago), Hytalo e Israel foram ouvidos em audiência de custódia, cujo objetivo foi verificar se houve ilegalidade no ato da prisão.