Quem realmente financia a produção rural no Brasil?
TotalEnergies mira hidrogênio verde de projeto no Brasil, dizem fontes
Segundo fontes da Bloomberg News, Empresa francesa de energia poderia ser um dos principais compradores do hidrogênio a ser produzido em uma planta planejada pela Casa dos Ventos.
Segundo fontes da Bloomberg News, Empresa francesa de energia poderia ser um dos principais compradores do hidrogênio a ser produzido em uma planta planejada pela Casa dos Ventos. A TotalEnergies considera importar hidrogênio verde de um projeto bilionário em desenvolvimento no nordeste do Brasil para abastecer as suas refinarias na Europa.
A empresa francesa de energia seria um dos principais compradores do hidrogênio a ser produzido em uma planta planejada pela empresa brasileira de energias renováveis Casa dos Ventos, disseram pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pela Bloomberg News, que pediram anonimato porque o assunto não é público.
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Quem realmente financia a produção rural no Brasil? A TotalEnergies, que tem uma participação de 34% na unidade de geração de energia eólica e solar na Casa dos Ventos, também considera uma participação no projeto, disseram as pessoas.
A TotalEnergies e a Casa dos Ventos ainda não tomaram uma decisão final sobre o negócio, segundo as pessoas. Ambas as empresas não quiseram comentar sobre um potencial acordo. O projeto, que seria desenvolvido em fases no porto de Pecem, poderá eventualmente atingir uma capacidade de 1,2 gigawatts de eletrólise, o que o permitiria produzir 160 mil toneladas de hidrogênio verde por ano. A produção de amônia verde, que é mais fácil de transportar do que o hidrogênio, poderá atingir 900 mil toneladas por ano, segundo a Casa dos Ventos.
O hidrogênio verde tem sido apontado como um combustível fundamental para um futuro sem carbono, por ser produzido através da divisão das moléculas de água em hidrogênio e oxigênio utilizando energia renovável. No entanto, poucos projetos de grande escala avançaram para a fase de construção devido aos altos custos e à complexidade tecnológica. O contrato da TotalEnergies seria um novo passo no plano da empresa petrolífera de reduzir suas emissões, substituindo as 500 mil toneladas de hidrogênio “cinza” — que utiliza combustíveis fósseis — usado em seus processos de refino na Europa por hidrogênio verde até 2030.
A mudança para o gás limpo — mas muito mais caro — é motivada por um imposto planejado pela União Europeia sobre distribuidores de combustível que não atendem aos padrões ambientais, disse a empresa.
Até agora, a empresa assinou contratos para pouco mais de 130 mil toneladas do gás produzido de forma limpa que será feito na Europa e para 70 mil toneladas que devem ser enviadas da Arábia Saudita na forma de amônia verde.
A principal planta da Arábia Saudita em Neom, que foi estimada em US$ 8,4 bilhões em 2023, deve começar a operar em 2026 com o objetivo de exportar até 1,2 milhão de toneladas de amônia verde por ano. A Casa dos Ventos planeja fornecer cerca de 3 gigawatts de energia eólica e solar para alimentar eletrolisadores que produzirão hidrogênio verde, disse a empresa.
O desenvolvimento de plantas de energia renovável e a fábrica de hidrogênio verde podem eventualmente resultar em um investimento total de cerca de US$ 5 bilhões, de acordo com a Casa dos Ventos.
O Brasil está buscando impulsionar investimentos e dar início a uma indústria de hidrogênio de baixo carbono e recentemente aprovou uma lei que oferece alguns incentivos fiscais para projetos. A maior economia da América do Sul é capaz de produzir o hidrogênio verde mais barato do mundo, excluindo subsídios, de acordo com a BloombergNEF.
O porto no estado do Ceará pode se tornar o primeiro grande centro de exportação de hidrogênio verde no Brasil, com outras empresas de energia como a Fortescue também considerando produção no local. “A planta de hidrogênio verde em Pecém será o principal projeto do Brasil para exportação de hidrogênio”, disse a Casa dos Ventos em nota. Uma decisão final de investimento para a fábrica é esperada para o ano que vem, enquanto as operações devem começar em 2029, de acordo com a empresa.
Fonte: Bloomberg Línea
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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Por: Redação