A Suprema Corte dos EUA bloqueou nesta 2ª feira (8.set.2025) uma ordem judicial que impedia que operações anti-imigração fossem feitas com base em critérios de raça e idioma.
A medida judicial, aprovada pela juíza distrital Maame Ewusi-Mensah Frimpong, em 11 de julho foi revogada depois de um pedido emergencial do governo de Donald Trump (Partido Republicano).
O governo disse que a decisão interferia nas ações da ICE (Serviço de Imigração e Alfândega) em áreas com concentração de imigrantes ilegais e recorreu à Suprema Corte depois de ter seu pedido negado por 3 juízes do Tribunal de Apelações dos EUA para o 9º Circuito.
A ordem emitida pela juíza foi uma resposta ao patrulhamento da ICE, em Los Angeles (Califórnia), com base em critérios de raça e ocupação profissional, sem justificativas aparentes. Imigrantes e ativistas disseram que houve uma violação da 4ª Emenda da Constituição dos EUA, que proíbe atividades de busca e apreensão sem “motivos razoáveis para suspeita”.
Sonia Sotomayor, 1ª juíza hispano-americana a ocupar um cargo na Suprema Corte, nomeada pelo ex-presidente Barack Obama (Partido Democrata), disse que “não deveríamos viver em um país, onde o governo pode abordar qualquer pessoa que pareça latino e fale espanhol”.
A Suprema Corte não deu explicação sobre o caso. O juiz Brett Kavanaugh se posicionou a favor da decisão, ao afirmar que há uma grande concentração de imigrantes sem documentos na região de Los Angeles.