• Segunda-feira, 3 de novembro de 2025

STF deve retomar julgamento de imposto sobre grandes fortunas na 4ª

Em ação, o Psol sustenta que o Legislativo descumpre a Constituição ao não regulamentar tributo.

O STF (Supremo Tribunal Federal) deve retomar na 4ª feira (5.nov.2025) o julgamento que trata de uma possível omissão do Congresso quanto à regulamentação do chamado IGF (Imposto sobre Grandes Fortunas). O presidente da Corte, Edson Fachin, chegou a ler um resumo do relatório em 23 de outubro.

O magistrado foi o responsável por “desengavetar” o tema. A análise é feita a partir da ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) 55, protocolada pelo Psol em 2 de outubro de 2019. 

A ação sustenta que o Legislativo descumpre a Constituição ao não editar a lei complementar que cria o imposto. O partido afirma que a medida é essencial para reduzir desigualdades e financiar políticas públicas. 

A advogada Bruna de Freitas do Amaral representou o partido durante a última sessão plenária, em 23 de outubro. Ela afirmou que a ausência do tributo “nega na prática o princípio da solidariedade” descrito na Carta Magna. 

O final da sessão foi marcado pela sustentação oral da advogada. Fachin chegou a incluir a retomada do julgamento no calendário da última 4ª feira (29.out) e depois para a 5ª feira (30.out), mas não houve a análise do caso nestas datas. 

A nova previsão é que isso se dê na 4ª feira (5.nov). 

Há 1 voto contabilizado até agora: o do então relator, o ministro aposentado Marco Aurélio Mello. Em 2021, o magistrado reconheceu a omissão do Congresso. Leia a íntegra (PDF – 218 kB).

Depois do voto de Marco Aurélio, o ministro Gilmar Mendes pediu destaque, o que transferiu o caso do plenário virtual para o físico. Com isso, o julgamento recomeça do zero, mas os votos de ministros aposentados permanecem. 

O ministro André Mendonça, que herdou a relatoria ao suceder Marco Aurélio, não vota no caso.

Segundo a defesa do Psol, o imposto resultaria em uma arrecadação estimada em R$ 40 bilhões ao incidir sobre patrimônios superiores a R$ 10 milhões.

Em 2008, o partido apresentou o PLP (Projeto de Lei Complementar) 277, que integra uma proposta alternativa de reforma tributária e determina a taxação de patrimônios acima de R$ 2 milhões, com alíquotas que vão de 1% a 5%. 

A proposta está pronta para ser pautada no plenário da Câmara. Leia a íntegra (PDF – 71 kB).

Por: Poder360

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