Abate de búfalos: Governo faz teste para erradicar 5.000 animais invasores na AmazôniaO que caracteriza uma semente falsificada ou defeituosa Do ponto de vista técnico e legal, uma semente é considerada defeituosa quando não cumpre o que foi prometido no rótulo ou no laudo técnico. Isso inclui percentual de germinação inferior ao declarado, vigor inadequado e, principalmente, contaminação por sementes de plantas invasoras, muitas delas tóxicas ao rebanho ou de difícil controle no campo . window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Na prática, o uso desse tipo de material pode resultar em:
Sementes falsificadas avançam no Brasil e geram grandes prejuízos: de quem é a responsabilidade?
Uso de sementes falsificadas e irregulares compromete pastagens, lavouras e renda do produtor; legislação brasileira prevê responsabilidade compartilhada e garante direito à indenização
Uso de sementes falsificadas e irregulares compromete pastagens, lavouras e renda do produtor; legislação brasileira prevê responsabilidade compartilhada e garante direito à indenização O avanço da falsificação e da baixa qualidade de sementes no Brasil tem se consolidado como um dos principais riscos silenciosos da produção agropecuária, especialmente na formação e recuperação de pastagens. O problema vai muito além de uma simples falha produtiva: envolve prejuízos econômicos expressivos, impactos ambientais e disputas jurídicas que colocam em xeque toda a cadeia de fornecimento de insumos agrícolas. Casos de baixa germinação, contaminação por plantas invasoras, presença de pragas e sementes fora do padrão declarado têm sido cada vez mais frequentes, afetando diretamente a pecuária de corte e leite, além de lavouras comerciais. Em muitos cenários, o produtor só percebe o problema semanas ou meses após a semeadura, quando a falha já está instalada e os custos se multiplicaram. Clique aqui para seguir o canal do CompreRural no Whatsapp
Falha total ou parcial da pastagem Necessidade de replantio Uso adicional de herbicidas Redução da taxa de lotação e da produtividade Perda direta de renda Em situações mais graves, sementes contaminadas podem introduzir espécies invasoras em Áreas de Preservação Permanente (APPs), abrindo espaço para sanções ambientais e processos judiciais. De quem é a responsabilidade pelo prejuízo? Um dos pontos centrais do debate é justamente a responsabilidade pelos danos causados. Segundo especialistas em direito agrário e ambiental, o produtor rural não arca sozinho com o prejuízo. A legislação brasileira estabelece que a responsabilidade é objetiva e solidária, podendo atingir todos os agentes da cadeia produtiva, desde o fabricante da semente até o comerciante que realizou a venda . A base legal está amparada principalmente em dois pilares: Código de Defesa do Consumidor (CDC), que determina que o fornecedor responde pelos danos causados por defeitos do produto, mesmo que o problema se manifeste após o uso. Lei de Sementes e Mudas (Lei Federal nº 10.711/2003), que exige padrões mínimos de qualidade, procedência e rastreabilidade. Isso significa que fabricantes, revendedores, comerciantes e até laboratórios certificadores podem ser responsabilizados de forma conjunta, sem que o produtor precise provar culpa, apenas o dano e o nexo com a semente adquirida .
Responsabilidade civil, administrativa e penal Outro aspecto relevante é que a responsabilização não se limita à esfera civil. O uso de sementes falsificadas ou contaminadas pode gerar uma responsabilidade tripla: Civil, com obrigação de indenizar danos materiais e perdas econômicas; Administrativa, com aplicação de multas e sanções pelos órgãos fiscalizadores; Penal, nos casos em que haja crime ambiental, especialmente quando o dano atinge áreas protegidas. Entre os danos indenizáveis, estão custos com nova semeadura, controle de plantas invasoras, perda de produtividade e até lucros cessantes decorrentes da queda na produção . Como o produtor pode se proteger e buscar reparação Para garantir seus direitos, o produtor precisa adotar uma postura preventiva e documental. A prova do dano é fundamental em qualquer tentativa de acordo extrajudicial ou ação judicial. Especialistas recomendam: Guardar a nota fiscal de compra, rótulos e laudos técnicos das sementes; Registrar a falha em campo, com fotos, vídeos e relatórios agronômicos; Notificar imediatamente o fornecedor ao identificar qualquer anomalia; Buscar assistência técnica especializada para emissão de laudos independentes. Essas medidas fortalecem a posição do produtor e reduzem o risco de que o prejuízo fique sem reparação.
Um problema que afeta toda a cadeia do agro Mais do que um conflito entre produtor e fornecedor, o avanço das sementes falsificadas revela um problema estrutural, que ameaça a sustentabilidade produtiva, ambiental e econômica do agronegócio brasileiro. A semente é a base de toda a produção — quando ela falha, o impacto se espalha em cadeia. Por isso, além da responsabilização jurídica, especialistas reforçam a importância de comprar apenas de fornecedores certificados, exigir documentação completa e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Em um setor cada vez mais profissionalizado, economizar na semente pode sair caro — e o prejuízo pode durar anos no campo.
Por: Redação





