• Sábado, 6 de setembro de 2025

RS registra queda de 12,3% no número de produtores de leite em dois anos

A disponibilidade manteve-se constante no período, sinalizando maior ganho de escala na produção

A disponibilidade manteve-se constante no período, sinalizando maior ganho de escala na produção O setor leiteiro gaúcho vem passando por um processo de transformação silenciosa. Nos últimos dois anos, quase 4,1 mil produtores deixaram a atividade, mas a produção estadual segue praticamente no mesmo patamar. O dado faz parte do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, divulgado pela Emater/RS-Ascar durante a Expointer 2025, em Esteio. Apesar da queda de 12,3% no número de estabelecimentos, o Estado manteve o volume de leite em torno de 3,84 bilhões de litros anuais, contra 3,83 bilhões em 2023. O que explica esse equilíbrio é a maior escala das propriedades que permaneceram, resultado de investimentos em tecnologia e manejo.
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    Menos gente, mais especialização O rebanho leiteiro também diminuiu, com redução de 27,2 mil vacas em dois anos. Ainda assim, cada propriedade ampliou sua capacidade. Hoje, a média é de 25 animais por rebanho, quase o dobro do que se registrava em 2015. A produtividade por vaca cresceu de 11,8 para 17 litros por dia, e o volume médio por propriedade passou de 137 para 364 litros/dia. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});Segundo Jaime Ries, técnico da Emater, esse movimento revela uma mudança estrutural: “A atividade está se concentrando em produtores mais tecnificados. O pequeno sai, mas os que ficam conseguem manter a produção com menos animais.” Peso na economia Mesmo sem crescimento expressivo, o leite ainda é um pilar para a agricultura gaúcha. O Valor Bruto da Produção (VBP) chega a R$ 9,5 bilhões por ano, ocupando a quinta posição no ranking estadual, atrás de soja, arroz, frango e suíno. A relevância também está na distribuição dessa renda, que circula em centenas de municípios. Desafios no campo Entre os fatores que explicam a saída de produtores, estão a dificuldade de rentabilidade e a falta de sucessão familiar. A nova geração muitas vezes prefere buscar outras atividades, o que reduz a mão de obra disponível no campo.
    Por: Redação

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