O sistema de reconhecimento facial Smart Sampa, da Prefeitura de São Paulo, ajudou a capturar 1.153 foragidos da Justiça em seus primeiros 6 meses de operação. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) divulgou os dados na 4ª feira (18.jun.2025), durante conversa com jornalistas na central de operações do programa. Leia a íntegra da apresentação (PDF – 1 MB).
Adotado em dezembro de 2024, o sistema alerta a GCM (Guarda Civil Metropolitana), que realiza as prisões. Houve 23 casos de identificações erradas no período. Das pessoas abordadas incorretamente, 11 foram liberadas no próprio local. As demais precisaram ser encaminhadas a delegacias para verificação de identidade antes da liberação.
A prefeitura destacou que os erros de reconhecimento correspondem a 1,83% do total de ações realizadas pelo sistema no período analisado. A concentração de falhas ocorreu em dezembro de 2024 e janeiro de 2025, com 9 e 8 casos, respectivamente. Em fevereiro de 2025, uma atualização técnica elevou o nível de confiança do sistema de 90% para 92%, segundo a administração municipal. Com essa modificação, os casos de erro diminuíram para 1 ou 2 por mês.
O sistema também identificou 53 pessoas que foram conduzidas para averiguação e posteriormente liberadas por ausência de baixa de mandados no banco de dados da Justiça. Outras 6 pessoas foram liberadas após a constatação de inconsistências cadastrais.
Atualmente, o sistema conta com 31.323 câmeras instaladas em pontos estratégicos de São Paulo. A gestão Nunes pretende expandir esse número para 100 mil até o final do mandato, em 2028. Além dos foragidos capturados, o Smart Sampa auxiliou na localização de 68 pessoas desaparecidas e contribuiu para a solução de 275 crimes pela Polícia Civil, de acordo com dados apresentados pela prefeitura.