Raça milenar de ovelhas com chifres em espiral intriga criadores e curiosos

Com origem na Hungria, raça rara de ovelhas milenar se destaca por sua aparência única, rusticidade e múltiplas funções produtivas. Descubra tudo sobra a Racka A aparência inconfundível do Racka, com seus longos chifres em forma de espiral projetando-se quase retos para cima, guarda séculos de história e rusticidade. Essa raça de ovinos originária da Hungria, pertencente ao grupo Zackel, é um símbolo vivo da tradição pastoril das estepes da Europa Central e hoje figura entre as raças ovinas mais raras do mundo, com uma população estimada de apenas 2.500 indivíduos. Tradicionalmente criada nas planícies de Hortobágy, na Hungria, e em menor escala na Romênia (Caraș-Severin), o Racka é uma raça versátil, usada na produção de leite, carne e lã. Sua principal marca registrada, os chifres em espiral, estão presentes tanto em carneiros quanto em ovelhas. Nos machos, esses chifres podem atingir até 60 cm de comprimento, sendo que o padrão mínimo aceitável é de 50 cm para carneiros e 30 cm para ovelhas.

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Além da estética singular, ra aça rara de ovelhas Racka é altamente valorizado por sua resistência a condições climáticas adversas. É comum seu uso em cruzamentos para conferir rusticidade a outras linhagens. Com temperamento tranquilo, a raça também ganhou espaço fora do ambiente produtivo, tornando-se uma opção atrativa para criadores amadores e projetos de conservação. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A lã do Racka apresenta características variadas. O diâmetro das fibras pode variar entre 12 e 40 mícrons, com rendimento de 38 a 65% após a tosa. A fibra atinge cerca de 30 cm de comprimento, e o peso mínimo do velo é de 3 kg para carneiros. Embora não seja tão fina quanto a de raças especializadas, sua aparência rústica, maciez e friso atraem fiandeiros artesanais e criadores de lã manual em todo o mundo. A coloração da lã também é um destaque dessa raça rara de ovelhas. Existem dois padrões principais: o mais comum tem cabeça e pernas castanhas, com lã variando entre marrom escuro e branco, e há ainda indivíduos inteiramente pretos, cuja lã adquire um tom avermelhado ao sol e cinza com a idade. Do ponto de vista físico, os carneiros Racka atingem uma média de 72 cm de altura e 60 kg de peso, enquanto as ovelhas pesam em torno de 40 kg. Ainda que não sejam animais de grande porte, seu desempenho produtivo é reconhecido especialmente em sistemas extensivos, onde sua capacidade de sobrevivência, mobilidade e rusticidade garantem boa produtividade mesmo com manejo simples. Apesar de já ter sido a ovelha mais comum da Hungria, o Racka é hoje uma raça ameaçada, sendo classificada como rara. O declínio populacional ao longo do século XX deve-se à modernização agropecuária e à introdução de raças mais especializadas. No entanto, a sua singularidade genética e valor histórico têm despertado o interesse de conservacionistas e criadores em diversos países. Nos últimos anos, o Racka tem sido exportado para o Reino Unido, França e Estados Unidos, onde encontra espaço em projetos de preservação genética, turismo rural e até exposições. Na Hungria, seu status de relíquia nacional mantém os maiores plantéis nas reservas naturais das estepes de Hortobágy. A permanência do Racka como raça funcional, ainda que limitada, demonstra a importância da preservação de linhagens rústicas e bem adaptadas, especialmente em tempos de mudanças climáticas e necessidade de produção sustentável. Sua sobrevivência é também um lembrete da diversidade do mundo pastoril europeu, onde a estética, a funcionalidade e a tradição caminham lado a lado.