A importância de uma comunicação correta sobre as apostas foi debatida nesta 4ª feira (22.out.2025) no painel “Conformidade e inovação: publicidade segura das apostas e o papel das big techs”, no “BiS (Brazilian iGaming Summit) Brasília”. Participantes avaliaram que a proibição de propaganda não é eficaz e que o caminho é investir na educação do apostador.
O diretor jurídico do Conar (Conselho Nacional Autorregulamentação Publicitária), Vitor Hugo do Amaral Ferreira, disse ser necessária uma “alfabetização dos jogos”. Ele também falou em uma publicidade “responsável” e que o “apostador é, na essência, um consumidor”.
O painel do evento do BiS SiGMA teve a mediação de Fernanda Batistella, sócia da Maia Yoshiyasu Advogados. A especialista afirmou que tem que haver “paciência” com os apostados no processo se informar.
“Educação não é do dia para a noite. É um trabalho de formiguinha”, declarou. A advogada também disse que as plataformas têm interesse em manter o apostador saudável.
“As plataformas não querem o ludopata. Ele não é o jogador desejado. A gente quer saudável, gente jovem que vai continuar jogando”, disse.
Roberta Jacarandá, head de relações institucionais do Conselho Digital, afirmou que é preciso demonstrar que que o “não é uma promessa de você ficar rico em pouco tempo, mas é um entretenimento”.
A CEO da Control F5, Natália Nogues, atentou para a publicidade como uma ferramenta de combater as bets ilegais. Ela afirmou que os jogadores perdem dinheiro e que essas plataformas que atuam de forma clandestina “captam pela apelação”.
A diretora da BetConstruct – regional Brasil, Beatriz Melges, avaliou haver desafios para desenvolver um produto pensando na conformidade e que o caminho não é a proibição da publicidade. “Não é sobre diminuir a quantidade de propaganda publicidade, é sobre a qualidade dessa propaganda, dessa publicidade”, disse.
Para ela, as big techs também têm a obrigação de trazer clareza ao apostador. Roberta Jacarandá, por sua vez, declarou que “a proibição só favorece o ilegal, que atua independentemente da regra”.
O gerente Jurídico da Cactus Gaming, Hugo Ribeiro, falou sobre a educação ser um dever e que “a informação que tem que chegar deve ser assertiva”.
A conferência é uma iniciativa do BiS SiGMA, com parceria de mídia do Poder360.