Principais índices de NY sobem com inflação abaixo do esperado nos EUA
Os dados de inflação nos EUA são acompanhados atentamente pelos investidores porque podem indicar os rumos que o Federal Reserve seguirá
Os principais índices das Bolsas de Valores dos operavam em alta nesta quarta-feira (12/3), pouco depois da divulgação dos dados de no país, que vieram ligeiramente abaixo das estimativas do mercado.
O que aconteceu
Por volta das 11 horas (pelo horário de Brasília), o índice S&P 500 subia 0,72%, aos 5,6 mil pontos.
O Nasdaq, que reúne as principais ações ligadas ao setor de tecnologia, avançava 1,4%, aos 17,6 mil pontos.
O índice Dow Jones, por sua vez, oscilava negativamente 0,07%, aos 41,4 mil pontos.
Entre os segmentos do S&P 500, tecnologia liderava os ganhos no pregão, com alta de 2,46%.
Inflação nos EUA
Em fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficou em 0,2%, recuando em relação ao 0,4% de janeiro.
Na base de comparação anual, a inflação norte-americana foi de 2,8%, ante 3% de janeiro.
Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado, a inflação nos EUA ficaria em 0,3% (mensal) e 3,2% (anual). Os resultados, portanto, vieram abaixo das expectativas.
Os dados de inflação são acompanhados atentamente pelos investidores porque podem indicar os rumos que o (Fed, o Banco Central dos EUA) seguirá nos próximos meses.
A elevação da taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para segurar a inflação. A meta de inflação anual nos EUA é de 2%.
No fim de janeiro, na primeira reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Fed desde a posse do presidente dos EUA, Donald Trump, .
“Os dados trazem algum alívio em relação à trajetória inflacionária, crescendo abaixo do esperado e relativamente menor do que o resultado de janeiro. Apesar de o Fed deixar claro que não toma decisões com base em leituras individuais, o resultado de fevereiro favorece as possibilidades de um ciclo de afrouxamento maior do que o esperado até poucas semanas atrás”, analisa Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
“Atualmente, existe probabilidade implícita de um próximo corte em junho. Ao mesmo tempo, o potencial inflacionário da guerra comercial seguirá no radar”, completa Igliori.
Por: Metrópoles