Javier Tebas, presidente da LaLiga, declarou que não considera a Kings League como concorrente do futebol profissional. A afirmação foi feita nesta 6ª feira (06.jun.2025) durante a Convenção Esportiva do ISDE (Instituto Superior de Derecho y Economía) em Madri. O dirigente minimizou o impacto da competição criada pelo ex-zagueiro Gerard Piqué.
“Não vejo a Kings League nem pelo retrovisor”, disse Tebas durante o evento. “Acho que está bem longe. É um projeto muito louvável, mas não é um projeto que possa competir com os grandes esportes premium em termos de público ou seguidores. É baseado no mundo dos ‘youtubers’ misturado com jogadores veteranos e um fenômeno esportivo X, nada mais”, afirmou.
A Kings League foi criada por Piqué em 2022 na Espanha e posteriormente expandiu suas operações para outros países, incluindo Itália, França, Alemanha, México, Argentina e Brasil. O formato combina elementos de entretenimento com futebol, reunindo jogadores profissionais, ex-atletas e influenciadores digitais. As premiações da competição podem alcançar 1 milhão de dólares.
O presidente da LaLiga reconheceu o início expressivo da Kings League, mas questionou sua evolução. “Para comparar com o futebol, teríamos que olhar atentamente para os arquivos de jornais de quando o projeto começou, quando teve um ‘boom’ muito significativo, e o que é hoje. Mas eles estão indo bem, funcionam, estão crescendo, mas não são um substituto para a LaLiga. O futebol ainda é o rei dos esportes, continuará sendo enquanto não fizerem bobagens”, declarou.
Tebas administra a 1ª divisão do futebol espanhol, enquanto Piqué lançou a Kings League após encerrar sua carreira como jogador do Barcelona. A convenção onde Tebas fez suas declarações aconteceu na capital espanhola, cidade que abriga clubes importantes como Real Madrid e Atlético de Madrid.
O dirigente espanhol apresentou dados sobre o campeonato nacional. A LaLiga registrou aproximadamente 19 milhões de espectadores em suas categorias. O crescimento foi mais expressivo entre o público jovem e feminino.
“Disseram que o interesse entre os jovens havia diminuído. Quebramos recordes de público em estádios, alcançando quase 19 milhões de espectadores em ambas as categorias, e onde mais crescemos foi entre jovens e mulheres. Estou preocupado com os jovens, mas também estou preocupado com os mais velhos, porque, segundo um relatório, os mais velhos tiveram problemas com as novas tecnologias para assistir a esportes ao vivo”, afirmou.
