• Sábado, 9 de agosto de 2025

Presidente da Apex cobra Tarcísio a “escolher lado” em tarifaço

O presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, afirmou que, caso não atue a favor da soberania nacional, Tarcísio estará trabalhando contra SP

O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (), Jorge Viana, afirmou, nesta quarta-feira (6/8), que o governador de São Paulo, , deve escolher um lado no caso do tarifaço. A partir de hoje, . “Não tem muro para o governador Tarcísio [de Freitas]. Ele tem de estar de um lado. Ou ele vai ficar do lado dos aliados dele que estão fazendo as sanções, ou ele vai ter que vir para o lado do Brasil”, declarou o presidente da Apex. Leia também Segundo Viana, 70% dos bens exportados pelo Brasil aos Estados Unidos saem da Região Sudeste. Desses, 30% são vendidos apenas pelo estado de São Paulo, que deve ser o mais afetado pelo tarifaço do presidente Donald Trump. O presidente da Apex reforçou que, caso não defenda a soberania nacional e as empresas brasileiras, Tarcísio “vai trabalhar contra São Paulo”. “O estado mais prejudicado com as sanções é São Paulo e o governador Tarcísio sabe disso”, disse Viana. O tarifaço de Donald Trump O presidente norte-americano Donald Trump assinou, em 31 de julho, ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% contra os produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos. Na prática, os 50% são a soma de uma alíquota de 10% anunciada em abril, com 40% adicionais anunciados no começo do mês e oficializados na última quarta-feira (30/7). Apesar disso, o líder norte-americano deixou quase 700 produtos fora da lista de itens afetados pela tarifa extra de 40%. Entre eles, suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro. Os produtos isentos dessa segunda leva serão afetados apenas com a taxa de 10%. As tarifas entraram em vigor nesta quarta. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o plano de contingência contra o tarifaço . De acordo com ele, a proposta está finalizada e aguarda o aval do petista. Haddad avaliou que, provavelmente, o plano será feito em formato de medida provisória. Isso porque uma MP tem efeitos imediatos, ou seja, já vale ao mesmo tempo em que tramita no Congresso Nacional, mas depende de aprovação para virar lei. O anúncio do pacote, no entanto, cabe ao presidente Lula.
Por: Metrópoles

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