• Domingo, 10 de agosto de 2025

Dissidente pró-Trump no Fed vê espaço para 3 cortes de juros em 2025

A vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, votou pela redução dos juros na última reunião do Banco Central dos Estados Unidos

Os dados mais fracos do mercado de trabalho nos em julho, divulgados na semana passada, indicam que o (Fed, o Banco Central norte-americano) tem condições de iniciar um ciclo de cortes da taxa básica de juros da economia. A avaliação foi feita neste sábado (9/8) pela vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman. Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed, no fim do mês passado, . Bowman foi uma das dissidências do Fed, votando a favor de uma redução de 0,25 ponto percentual. . O Fomc é composto por 12 integrantes. Além de Bowman, Christopher Waller também votou pelo corte nos juros. Ele é um dos nomes especulados como possível sucessor de Jerome Powell, atual presidente do Fed e cujo mandato termina em maio de 2026. Tanto Bowman quanto Waller foram indicados ao comitê pelo presidente dos EUA, , o maior crítico da política monetária conduzida por Powell à frente do Fed. Desde o início de seu mandato, Trump vem cobrando a redução dos juros no país. “Agir na reunião da semana passada teria protegido proativamente contra o risco de uma erosão ainda maior nas condições do mercado de trabalho e um enfraquecimento ainda maior da atividade econômica”, afirmou Bowman. Leia também Dados de emprego Em julho, segundo dados do Departamento do Trabalho,. Trata-se do chamado “payroll”, um indicador econômico mensal dos EUA que indica a evolução do emprego no país fora do setor agrícola. O relatório, divulgado pelo , é considerado determinante para as avaliações sobre o desempenho da economia norte-americana. O resultado veio bem abaixo das projeções do mercado, que indicavam a criação de 106 mil vagas. A taxa de desemprego foi de 4,2%. Analistas temiam que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA levasse a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas abaixo das expectativas foi interpretada pelo mercado como uma notícia positiva, pois pode significar maior espaço para a queda dos juros. “Isso está bem abaixo do ritmo observado no início do ano, provavelmente devido a uma diminuição significativa na demanda por mão de obra”, observou Bowman. “Minha projeção é de três cortes ainda para este ano, o que tem sido consistente com minha previsão desde dezembro do ano passado, e os dados mais recentes do mercado de trabalho reforçam minha opinião”, completou. Mais 3 reuniões em 2025 Até o fim de 2025, o BC dos EUA tem programadas mais três reuniões de política monetária – em setembro, outubro e dezembro. Nos últimos dias, ganhou força entre os analistas do mercado a tese de que o Fed deve começar a baixar os juros possivelmente a partir da próxima reunião, no mês que vem. A taxa básica de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação. Quando a autoridade monetária mantém os juros elevados, o objetivo é conter a demanda aquecida, o que se reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem conter a atividade econômica. Segundo dados do Departamento do Trabalho, , na base anual, ante 2,4% registrados em maio. Na comparação mensal, o índice foi de 0,3%, ante 0,1% em maio. A meta de inflação nos EUA é de 2% ao ano. Embora não esteja nesse patamar, o índice vem se mantendo abaixo de 3% desde julho de 2024.
Por: Metrópoles

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