A Prefeitura de São Paulo definiu as primeiras 3 escolas municipais que terão gestão privada. As unidades estão em construção nas zonas sul (Campo Limpo e Santo Amaro) e norte (Pirituba/Jaraguá) da capital paulista, segundo informações da Folha de S.Paulo.
Os professores serão contratados pelas organizações responsáveis pela administração. A Prefeitura manterá a responsabilidade pelo fornecimento de material didático, uniformes e pela definição do conteúdo pedagógico.
O modelo segue formato semelhante ao utilizado em unidades de saúde geridas por organizações sociais. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, a decisão se baseia na experiência positiva do Liceu Coração de Jesus, escola municipal desde 2023, que registrou desempenho superior à média da rede municipal na Prova São Paulo.
O Liceu, localizado na região central, atende 574 alunos entre educação infantil e ensino fundamental. A prefeitura repassa cerca de R$ 450 mil mensais para sua manutenção. O convênio com os padres da instituição foi firmado depois do anúncio do fechamento do colégio particular, em agosto de 2022.
A administração municipal não divulgou valores investidos na construção das novas escolas nem estimativas dos repasses às organizações gestoras.
São Paulo já mantém parcerias com a iniciativa privada em creches: das 2.579 unidades de educação infantil, 2.220 são administradas por entidades contratadas.
O anúncio da privatização acontece dias após o afastamento de 25 diretores de escolas municipais, que aconteceu na 6ª feira (23.mai.2025). A prefeitura justificou a medida alegando que essas unidades apresentam os piores resultados da cidade em indicadores externos, como o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).