A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta 3ª feira (21.out.2025) o 8º suspeito de participar do assassinato do ex-delegado-geral do Estado Ruy Ferraz, de 64 anos, morto em uma emboscada no dia 15 de setembro, na Praia Grande, no litoral paulista.
O suspeito, identificado como José Nildo da Silva, de 47 anos, foi preso em Itanhaém, na Baixada Santista. Ele já possuía passagens pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e violência doméstica, segundo informou o delegado-geral de São Paulo, Artur Dian.
De acordo com Dian, o acusado será transferido para a sede do departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, para dar depoimento na investigação sobre o caso.
José Nildo teria sido visto no dia do crime em uma das casas usadas pelos criminosos que executaram o crime contra o ex-delegado. Outras 2 pessoas ainda estão foragidas e uma 3ª foi morta durante confronto com a polícia.
O suspeito teria entrado no imóvel acompanhado de uma mulher, colete à prova de balas e portava uma arma, no entanto, o modelo da arma não foi reconhecido.
“Nós julgamos que ele possa ser um dos atiradores. Ainda está sendo constatado isso. Ele era investigado e, após o crime, se dirigiu a uma das residências que serviu de logística para a quadrilha. Nesse momento, ele estava com colete a prova de balas e armado. E acompanhado de uma mulher, que ainda não foi localizada”, declarou o delegado geral.
“Temos ainda um bom caminho para ser percorrido pela investigação para que a gente possa trazer todos os autores, coautores e partícipes à Justiça”, afirmou Dian.
O ex-delegado Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em um bairro perto da prefeitura e do fórum de Praia Grande.
Imagens de câmeras de segurança mostram seu carro em fuga, em alta velocidade, até capotar entre dois ônibus ao tentar entrar em uma avenida. O carro que o perseguia chegou pouco depois, bateu em um dos ônibus e do carro saltaram 3 homens com fuzis. Dois deles se deslocaram até o carro de Ruy e dispararam. Na fuga, voltaram pela mesma avenida usada na perseguição.
Assista ao momento do crime (43s):
Ferraz foi delegado por mais de 40 anos, tendo passado pela Divisão de Homicídios do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa e chefiado a Delegacia Geral de Polícia do Estado de São Paulo. Antes de se aposentar, ele foi responsável pela prisão de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) nos anos 2000.
Ruy Ferraz havia assumido o cargo de secretário de Administração na prefeitura do município no litoral paulista.
