A Polícia Civil do Rio deflagrou nesta 5ª feira (16.out.2025) a “Operação Banca Suja”, que investiga uma organização criminosa que explora jogos de azar on-line e comete fraudes contra apostadores. O grupo, que é ligado ao contraventor Adilson Oliveira Coutinho Filho, o Adilsinho, teria movimentado R$ 130 milhões em apenas 3 meses.
O contraventor não foi alvo da operação e a Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD) ainda tenta entender a sua relação com o esquema. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão, além de bloqueios de contas no total de R$ 65 milhões. As ações se deram no Recreio, Zona Sudoeste do Rio, e na Baixada Fluminense.
O ex-jogador de futebol e empresário Léo Moura também é investigado pela Polícia Civil por sua ligação com a empresa “Palpite na Rede”, que foi alvo da operação. Ele atuava como garoto-propaganda e teria divulgado, em suas redes sociais, links de cadastro para a plataforma de apostas. Segundo a polícia, as publicações eram uma estratégia para atrair apostadores e gerar lucros a partir dos cadastros.
As investigações começaram a partir da análise das movimentações financeiras da companhia, que revelou uma rede de transferências milionárias suspeitas para empresas de pequeno porte sem lastro financeiro compatível. O inquérito apontou ostensivas atividades ilícitas como cassinos virtuais e outros jogos de azar, consideradas contravenções no Brasil.
A empresa investigada, sediada em Duque de Caxias, declara atuar no ramo de consultoria em publicidade e marketing, mas as reclamações registradas em sites especializados relatam problemas relacionados aos jogos de azar. Segundo a Justiça, o grupo também teria ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e com uma fábrica clandestina de cigarros.
O Poder360 tentou localizar as defesas de Léo Moura e de Adilsinho, mas não teve sucesso. O espaço segue aberto.
