Klepter Rosa Gonçalves, ex-comandante da PMDF (Polícia Militar do Distrito Federal), apresentou justificativa ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o suposto descumprimento do uso de tornozeleira eletrônica.
A defesa informou à Corte na 3ª feira (17.jun.2025) que o equipamento não foi desligado intencionalmente, mas estava sendo carregado. O STF ainda não disponibilizou a íntegra da resposta da defesa.
O Tribunal havia solicitado explicações na 2ª feira (16.jun.2025) após notificação da Vara de Execuções Penais do DF sobre uma intercorrência com o dispositivo de monitoramento do coronel. A irregularidade foi registrada em abril deste ano. Eis a íntegra do pedido assinado por Alexandre de Moraes (PDF – 117 kB).
De acordo com o Metrópoles, os advogados disseram que não há registro sobre o período em que o aparelho permaneceu sem funcionar. “Indica que o monitorado tomou providência imediata para regularização da carga do equipamento”, argumentaram.
A defesa afirmou, ainda, que o militar tem seguido todas as medidas cautelares impostas. “Não há qualquer menção ao tempo de eventual desligamento […]. O acusado vem cumprindo rigorosamente a obrigação de comparecimento semanal à Vara de Execuções Penais”, afirmaram.
Klepter e outros 6 policiais militares respondem por suposta omissão durante os ataques às sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O ex-comandante chegou a ser preso, mas foi liberado com a condição de usar o equipamento de monitoramento eletrônico.
A 1ª Turma do STF aceitou a denúncia contra os policiais em fevereiro de 2024. Na ocasião, a PGR (Procuradoria Geral da República) apontou que havia “uma profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da PMDF denunciados, que se mostraram adeptos de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas”.
O julgamento dos militares do Distrito Federal estava marcado para a última 6ª feira (13.jun.2025), mas foi retirado de pauta pela Suprema Corte na 4ª feira anterior (11.jun.2025). O STF ainda não definiu nova data para análise do caso.