O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, enviou um ofício ao ministro da Justiça da Itália, Carlo Nordio, em que pede a negativa do processo de extradição e a concessão de asilo político para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O partido alega perseguição política por parte do STF (Supremo Tribunal Federal) e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Zambelli foi presa na Itália na 3ª feira (29.jul), onde estava foragida desde junho, quando fugiu do Brasil depois de ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão no caso da invasão hacker ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Leia a íntegra da carta enviada nesta 4ª feira (30.jul) (PDF – 261 kB).
Sóstenes descreve Zambelli como “a figura da mulher brasileira conservadora de direita que luta pelos valores da família e por uma democracia justa e livre” e destaca que foi eleita com o maior número de votos (946.244) obtidos por uma mulher nas eleições de 2022.
O documento argumenta que Zambelli tem sido alvo de um processo judicial que violaria seus direitos constitucionais. O líder do PL diz que a deputada não teve assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório no julgamento conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele classifica o processo como “inconstitucional” e parte de uma “clara perseguição política”.
O documento compara o caso de Zambelli com o de políticos investigados por corrupção que não foram julgados há mais de 10 anos, apontando que há tratamento diferenciado por motivações políticas.
Sóstenes Cavalcante também faz uma comparação com o caso do jornalista Oswaldo Eustáquio Filho, que teve sua extradição negada pela Justiça espanhola sob a alegação de que o pedido seria “politicamente motivado”.
