O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em conjunto com a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda, deflagrou nesta 4ª feira (22.out.2025) a operação Plush, contra um esquema do PCC (Primeiro Comando da Capital), que usava lojas de brinquedos em shoppings para lavagem de dinheiro.
Os agentes cumpriram 6 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça. Quatro deles foram executados em estabelecimentos comerciais situados em shopping centers. De acordo com o g1, os estabelecimentos estão no Shopping Center Norte e Shopping Mooca, localizados na capital paulista, Shopping Internacional de Guarulhos e outro em Santo André.
“Os materiais apreendidos durante a operação serão encaminhados ao Gaeco para subsidiar as investigações em andamento”, informou a SSP.
A operação não tem como alvo os shoppings, mas sim as lojas instaladas em seu interior. A rede de franquias à qual essas unidades pertencem também não está entre as investigadas.
As autoridades obtiveram autorização judicial para bloquear bens e valores no montante de R$ 4,3 milhões, destinados a garantir futura reparação de danos, pagamento de custas processuais e penas pecuniárias.
A investigação revelou que o esquema estava ligado a Claudio Marcos de Almeida, conhecido como “Django”, que comercializava entorpecentes em grande escala e fornecia armamento pesado para a facção criminosa. Ele foi morto em janeiro de 2022 durante disputas internas da organização.
Segundo as investigações, após a morte de “Django”, sua ex-companheira e sua ex-cunhada assumiram as operações ilícitas. As 2 mulheres, sem ocupação lícita declarada, investiram recursos substanciais para estabelecer 4 lojas de uma rede de franquias especializadas em brinquedos infantis, principalmente pelúcias –o que deu origem ao nome da operação.
O nome de “Django” já havia aparecido em abril de 2024 na operação Fim da Linha. Na ocasião, ele foi identificado como um dos principais cotistas da UPBUS, empresa de transporte por ônibus que operava na capital e, segundo as investigações, era usada por integrantes do PCC para legalizar recursos de origem ilícita.