Países se opõem a plano de Trump para assumir Gaza; veja reações
Hamas diz que Trump quer "eliminar causa palestina" e China afirma que se opõe "à transferência forçada dos moradores de Gaza"
O anúncio feito nessa terça-feira (4/2) pelo de que os Estados Unidos vão , enclave palestino destruído após a guerra entre Israel e Hamas, provocou reações imediatas mundo afora.
A , se contrapôs à declaração do presidente norte-americano, feita durante encontro com , na Casa Branca, em Washington (EUA).
“A China sempre sustentou que o governo palestino sobre os palestinos é o princípio básico da governança pós-guerra de Gaza, e nos opomos à transferência forçada dos moradores de Gaza”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, em uma coletiva de imprensa. As informações são do jornal The Guardian.
Planos de Trump para Gaza
Na última semana, Donald Trump falou em expulsar palestinos da Faixa de Gaza para outros países da região.
Desde 19 de janeiro, um acordo de cessar-fogo de três fases entrou em vigor entre Israel e Hamas.
O futuro da Faixa de Gaza em um possível cenário de paz, no entanto, segue indefinido.
Já o Hamas, grupo terrorista palestino, disse que plano “racista” de Trump para Gaza visa “” e rejeitou fortemente o “plano” de “assumir o controle” da Faixa de Gaza.
“A posição racista americana se alinha com a posição da extrema direita israelense em deslocar nosso povo e eliminar nossa causa”, disse o porta-voz do Hamas, Abdel Latif al-Qanou, em um comunicado.
A Arábia Saudita disse que não estabeleceria laços com Israel sem a criação de um Estado palestino. “Os árabes rejeitam qualquer tentativa de deslocar os palestinos de suas terras, disse o Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, em comunicado, acrescentando que sua posição em relação aos palestinos não é negociável.
O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman reafirmou a posição do reino de “maneira clara e explícita” que não permite nenhuma interpretação sob nenhuma circunstância, relatou o comunicado.
Eixo da resistência
No Irã, o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, nomeou o líder do Hezbollah, Naim Qassem, como seu “representante” no Líbano, segundo informou a mídia iraniana nesta quarta-feira (5/2).
“O líder da revolução em um decreto apresentou o xeque Naim Qassem, secretário-geral do Hezbollah, como seu representante no Líbano”, disse a agência de notícias Tasnim.
A Tasnim exibiu uma cópia do decreto oficial que dizia que Qassem representaria Khamenei no tratamento de “questões não litigiosas” e “administração de assuntos religiosos” no Líbano.
A agência de notícias lembrou que o antecessor de Qassem, Hassan Nasrallah – que foi morto em um ataque aéreo israelense no sul de Beirute em 27 de setembro – tinha o mesmo título.
O Hezbollah faz parte do “eixo da resistência”, uma aliança de grupos armados apoiados pelo Irã que se opõem a Israel e seu aliado, os EUA.
Questão inaceitável
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) disse nesta quarta que rejeita qualquer plano envolvendo o deslocamento de palestinos.
O secretário-geral, Hussein al-Sheikh, ressaltou que a OLP “afirma sua rejeição a todos os pedidos de deslocamento do povo palestino de sua terra natal” e renova seu apoio a uma solução de dois estados.
Na Turquia, o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, afirmou que o anúncio de Trump “é uma questão inaceitável”. Ele à agência de notícias oficial Anadolu que realocar os palestinos de Gaza é algo que “nem nós nem a região podemos aceitar”.
“É errado até mesmo trazer isso à discussão”, acrescentou.
Por: Metrópoles