• Sábado, 13 de dezembro de 2025

Países da UE votam acordo com Mercosul na próxima semana

Dinamarca confirma que bloco europeu decidirá se assinará pacto comercial com países sul-americanos até final de 2025.

A Dinamarca, atual detentora da presidência rotativa da UE (União Europeia), afirmou que os países do bloco europeu devem votar sobre o acordo comercial com o Mercosul no início da próxima semana, segundo informações da agência de notícias Reuters divulgada na 6ª feira (12.dez.2025).

Caso aprovado, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen poderá viajar ao Brasil para assinar o documento no dia 20 de dezembro.

O entendimento preliminar entre os blocos foi alcançado em dezembro de 2024, depois de aproximadamente 25 anos de negociações entre a UE e o Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

A França e outros países europeus expressaram reservas quanto ao pacto comercial, temendo que o aumento das importações de produtos sul-americanos prejudique seus agricultores, especialmente o setor agrícola francês.

“No planejamento da presidência dinamarquesa, a intenção é realizar a votação sobre o acordo do Mercosul na próxima semana para permitir que o presidente da Comissão assine o acordo no Brasil em 20 de dezembro. Isso não mudou”, afirmou a presidência da UE.

Para ser aprovado, o acordo precisa obter uma maioria qualificada de 15 membros da UE, representando 65% da população do bloco. Alemanha, Espanha e os países nórdicos já manifestaram apoio ao pacto comercial, enquanto a Polônia se opôs. França e Itália mantêm posições indefinidas.

O resultado da votação permanece incerto, considerando que se França, Itália, Polônia e mais um país votarem contra ou se abstiverem, o acordo será rejeitado.

Em setembro, a Comissão Europeia apresentou o projeto incluindo um mecanismo que permitiria suspender o acesso preferencial do Mercosul para produtos agrícolas específicos, como carne bovina, aves e açúcar. A medida tenta reduzir a oposição ao acordo.

Diplomatas europeus indicam que a França tentou adiar a votação para janeiro de 2026.

Por: Poder360

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