• Sábado, 2 de agosto de 2025

Oposição comemora racha no STF após sanções dos EUA a Moraes

"Luz no fim do túnel", escreveram nas redes após ausência de apoio unânime ao ministro e baixa adesão a jantar com Lula.

Políticos da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiram com entusiasmo aos primeiros sinais de divisão no STF (Supremo Tribunal Federal) após o ministro Alexandre de Moraes ter sido alvo de sanções dos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky, que o impede de realizar transações com instituições bancárias ou econômicas norte-americanas.

Como mostrou o Poder360, apesar da pressão de Moraes, mais da metade dos seus colegas não assinou a carta em sua defesa divulgada na 4ª feira (30.jul). A divisão na Corte ficou ainda mais evidente quando apenas 6 dos 11 ministros compareceram ao jantar oferecido pelo presidente Lula no Palácio da Alvorada, na 5ª feira (31.jul.2025).

Nas redes sociais, deputados e senadores da oposição celebraram o racha na Corte.

“Ao que parece, está tudo indo muito bem!”, escreveu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março. Ele se mudou para o país com a promessa de articular sanções contra Moraes.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que os demais ministros não querem ser “contaminados por Moraes” nem “pagar a fatura dos abusos patrocinados por ele”.

“As pessoas começaram a entender qual é o verdadeiro problema no Brasil”, declarou.

“Luz no fim do túnel?”, publicou o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, em tom de provocação.

Cinco dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) não compareceram ao jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada na 5ª feira (31.jul.2025), um dia depois que a maioria dos integrantes do STF se recusou a assinar uma carta em defesa do ministro Alexandre de Moraes, alvo de sanções dos Estados Unidos.

Participaram do jantar com o presidente os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Flávio Dino, Gilmar Mendes e Roberto Barroso. Os ministros Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Nunes Marques e André Mendonça não estiveram presentes.

A ausência de quase metade dos ministros no jantar presidencial tornou pública a falta de consenso no Supremo.

Moraes havia solicitado aos colegas um posicionamento coletivo após ser alvo de medidas restritivas pela Lei Magnitsky norte-americana. Segundo apurou o Poder360, mais da metade dos 11 ministros do STF considerou impróprio fazer um documento assinado por todos para contestar uma decisão interna dos Estados Unidos. Essa atitude dos colegas foi uma decepção para Moraes, que esperava ter unanimidade a seu favor.

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Por: Poder360

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