Grupos de esquerda realizaram nesta 6ª feira (1º.ago.2025) protestos em frente aos consulados dos Estados Unidos em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Belo Horizonte, entre outras capitais. Os atos integraram uma mobilização convocada contra o tarifaço do presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), e contra as sanções ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.
A organização ficou a cargo de representantes da UNE (União Nacional dos Estudantes), de centrais sindicais e de movimentos sociais. Uma cena se repetiu: em várias das cidades, os manifestantes queimaram bonecos de Trump. A data escolhida era para coincidir com a entrada em vigor das sobretaxas de Trump. Mas o presidente dos EUA adiou a medida para 7 de agosto.
O número de participantes foi tímido, na casa das dezenas em cada ato. Na capital paulista, o líder sindical da CUT (Central Única dos Trabalhadores) Douglas Izzo afirmou que o ato é um recado para os EUA. “A família Bolsonaro articula, com os Estados Unidos, contra os interesses dos brasileiros“, disse Izzo, referindo-se à atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde fevereiro pedindo sanções contra autoridades brasileiras.
Ao anunciar o tarifaço contra Brasil em 9 de julho, Trump afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de uma “caça às bruxas”. O presidente norte-americano pediu que o processo no qual o aliado brasileiro é réu –sob acusação de golpe de Estado– fosse interrompido “imediatamente”.
O diretor do PSTU, Cláudio Donizete dos Reis, disse que as manifestações buscam alertar para o modo como a taxação de Trump afeta todos os trabalhadores. “A gente acredita que, além de repudiar o tarifaço, é preciso fazer todo o processo de criminalização do que o bolsonarismo vem patrocinando, uma verdadeira traição à pátria, pela nossa soberania, de apoio à articulação a esse processo”, afirmou.
Com informações da Agência Brasil.
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