ONU: Israel destruiu fábrica de centrífugas em usina nuclear no Irã
Agência Internacional de Energia Atômica da ONU confirma que duas instalações nucleares do Irã foram atingidas. Uma delas foi destruída
A Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) confirmou, por meio de publicação nas redes sociais, nesta quarta-feira (18/6), que os últimos atingiram dois centros relacionados à produção de energia nuclear do Irã.
De acordo com a , as instalações atingidas – a oficina TESA Karaj e o Centro de Pesquisa de Teerã – eram responsáveis pela produção de centrífugas usadas no enriquecimento de urânio, utilizado para produzir combustível para usinas de energia e também armas nucleares.
O que Israel alega para atacar o Irã
Israel afirma que o programa iraniano de enriquecimento de urânio não teria fins pacíficos.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em pronunciamento na quinta (12/6) que o Irã teria urânio suficiente para fabricar nove bombas atômicas. Não foram apresentadas informações que fundamentassem a afirmação.
Netanyahu argumentou temer que o Irã promovesse um genocídio do povo judeu. Ele acrescentou que o país inimigo poderia conseguir a arma nuclear dentro de “alguns meses” ou em “cerca de um ano”.
O texto afirma que em , o prédio onde rotores avançados de centrífugas eram fabricados e testados foi atingido. Já em Karaj, cidade nos arredores da capital, dois prédios onde diferentes componentes de centrífugas eram fabricados foram destruídos.
Os locais estavam sob monitoramento e verificação da AIEA como parte do Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA, na sigla em inglês), um acordo firmado em 2015 entre o Irã e o grupo P5+1 – formado por , Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha – para limitar o programa nuclear iraniano em troca da liberação gradual de sanções econômicas.
Leia também
Escalada de tensão
Nesta quarta, os céus de boa parte do território israelense e da capital iraniana, Teerã, foram iluminados por mísseis disparados por ambas as partes. Em vários momentos da madrugada, sirenes soaram avisando sobre o disparo de armamentos. O próprio exército de admitiu que o território do país foi alvo de disparos iranianos e orientou que a população procurasse abrigo.
“Avisamos o público para seguir rigorosamente as instruções do Comando da Frente Interna”, alertou o porta-voz da IDF. “A defesa não é hermética, portanto é essencial que todos permaneçam em segurança e atentos às orientações.” Após os disparos, os militares disseram ter interceptado a maioria dos mísseis iranianos.
Ao observar o acirramento da situação crítica do conflito desde a madrugada dessa terça, fez ameaça de morte pública e direta ao líder supremo do Irã, ao mesmo tempo que exigiu “rendição incondicional”.
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ [aiatolá Ali Khamanei] está escondido. Ele é um alvo fácil, mas está seguro lá. Não vamos matá-lo, pelo menos não por enquanto. Mas não queremos mísseis disparados contra civis ou soldados americanos. Nossa paciência está se esgotando”, escreveu Trump na rede Truth Social.
Também nesta quarta, Khamenei respondeu a Trump: “O Irã s manterá firme contra uma guerra imposta, assim como se manterá firme contra uma paz imposta”.
“E os americanos devem saber que qualquer intervenção militar dos EUA será, sem dúvida, acompanhada de consequências irreparáveis”, alertou o aiatolá.
Por: Metrópoles