• Domingo, 28 de dezembro de 2025

Onda de calor no Brasil: saiba como lidar com temperaturas altas

Inmet tem alerta vermelho para 1.284 cidades; algumas regiões devem enfrentar fenômeno até os primeiros dias de 2026.

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) registrou temperaturas até 7,8 °C acima da média histórica em capitais brasileiras por causa de uma onda de calor que atinge o país.

Na 6ª feira (26.dez.2025), por exemplo, São Paulo chegou a 36 °C e Rio de Janeiro a 37,6 °C, quando o normal para o período seriam cerca de 28 °C e 30 °C, respectivamente.

O fenômeno começou no dia 22 de dezembro e deve persistir em algumas regiões até os primeiros dias de 2026. O instituto mantém ativo o alerta vermelho para a onda de calor que atinge partes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do país.

Segundo o Inmet, há “grande perigo” e risco à saúde por causa do calor extremo. Ao todo, 1.284 cidades estão em alerta até 2ª feira (29.dez) por causa do calor extremo.

Segundo o Ministério da Saúde, são esses os impactos do calor extremo na saúde: 

Para mitigar os danos, o ministério recomenda:

Mapas de anomalias térmicas do Inmet mostram a evolução do calor atípico pelo território brasileiro. No verão, é comum que as capitais registrem máximas acima dos 30 °C: a diferença desta onda de calor é a intensidade com que as médias históricas estão sendo superadas em regiões do país.

Veja: 

Estados como Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia devem continuar enfrentando temperaturas máximas extremas durante a primeira semana de 2026, concentrando as áreas mais afetadas pelo calor intenso.

A previsão de onda de calor vai até 2ª feira (29.dez), em áreas de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, e em todo o Estado de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

O alerta vermelho é o maior grau entre os 3 avisos emitidos pelo Inmet: 

A capital do Rio de Janeiro entrou em estágio 3 de calor na 4ª feira (24.dez), véspera de Natal, segundo o COR (Centro de Operações e Resiliência). O estágio é caracterizado por temperaturas de 36 °C a 40 °C com previsão de permanência ou aumento por 3 dias consecutivos. O centro conta com 5 estágios de alerta. 

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio registrou uma média de 450 atendimentos por dia, com casos de tontura, fraqueza, desmaios e queimaduras solares.

Por causa do cenário, na 6ª feira (26.dez) o Ministério Público Federal e as Defensorias Públicas da União e do Rio de Janeiro encaminharam ao governo do Estado e à prefeitura da capital um pedido de adoção urgente de medidas de enfrentamento à onda de calor. 

A recomendação protocolada solicita o cumprimento integral do Protocolo Municipal de Enfrentamento ao Calor Extremo. Entre as medidas que devem ser tomadas estão a ativação de centros de hidratação em unidades de saúde, abertura de pontos de resfriamento com ar-condicionado, ampliação da distribuição de água potável etc. 

Já em São Paulo, a capital paulista registrou temperaturas acima de 35 °C por 3 dias consecutivos –de 5ª feira (25.dez) a sábado (27.dez). A temperatura máxima prevista no Estado pelo Inmet neste domingo (28.dez) é de 34 °C, com expectativa de redução para 32 °C na 2ª feira (29.dez).

Por causa do calor, o nível dos reservatórios da região metropolitana de São Paulo caiu para 26,2% neste domingo (28.dez). Em 24 de outubro, quando a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) lançou um plano de contingência para reduzir o consumo, o nível do “volume útil” do SIM (Sistema Integrado Metropolitano) estava em 28,7%.

Na 5ª feira (25.dez), o governo paulista divulgou um alerta sobre a necessidade de economizar água, com registros de áreas com torneiras secas. 

São Paulo também pode sofrer com chuvas intensas nos próximos dias: o Inmet projeta chuvas e ventos intensos, além de queda de granizo em parte do Estado. 

Por: Poder360

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