A presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo), Thaís Dantas, disse ver indícios de violação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) no ato da deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) de levar sua filha de 4 meses ao protesto de congressistas na Câmara dos Deputados na 3ª feira (5.ago).
Segundo ela, a criança “foi utilizada como objeto, e não como sujeito de direitos” e o caso deve ser investigado. As informações são do UOL.
Durante a manifestação, a deputada sentou na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com a filha no colo. Zanatta, que está em licença-maternidade, viajou de Santa Catarina a Brasília para participar do ato da oposição.
O deputado federal Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, acionou o Conselho Tutelar de Brasília contra a congressista. Em ofício enviado ao órgão e divulgado na 4ª feira (6.ago) em sua conta no X, ele firmou que Zanatta expôs a filha a um “ambiente de instabilidade, risco físico e tensão institucional”.
A deputada chegou a dizer que estava “usando sim uma criança como escudo”, mas depois alegou ter sido mal interpretada. Ela recebeu apoio da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.