• Terça-feira, 5 de agosto de 2025

"O navio bateu no iceberg", diz vice da CBF sobre finanças no futebol

Vice-presidente da confederação lidera grupo de trabalho com 33 clubes e 10 federações.

Ricardo Gluck Paul, vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), comparou a situação financeira do futebol brasileiro a um naufrágio durante fórum realizado nesta 2ª feira (4.ago.2025) em São Paulo. “O navio bateu no iceberg e está afundando”, afirmou o dirigente ao defender a urgência da implementação do fair play financeiro nos clubes brasileiros até 2026.

Gluck Paul, que também preside a federação paraense de futebol, coordena um grupo de trabalho que reúne representantes de 33 clubes —todos os 20 da Série A e 13 da Série B— além de 10 federações estaduais. O 1º encontro formal do grupo está marcado para a próxima 2ª feira (11.ago.2025), no Rio de Janeiro.

Durante sua participação no Fórum Sustentabilidade em Campo, o vice-presidente da CBF afirmou que o fair play financeiro é o tema mais importante em discussão na estrutura do esporte nacional atualmente. Segundo ele, a necessidade de um sistema de controle financeiro já era evidente há anos.

“Em 2019 se falava em fair play financeiro, um plano de contenção de gastos, porque já se enxergava para onde o futebol brasileiro estava indo. Nada foi feito. É como se, naquela época, a gente visse o Titanic na direção do iceberg e tivesse como desviar”, declarou. Continuando com a metáfora, o dirigente acrescentou que “a CBF escolheu jogar a boia” para ajudar os clubes em dificuldades.

A comissão tem como objetivo produzir um relatório completo sobre o modelo de fair play financeiro em 90 dias depois do início dos trabalhos. Depois da conclusão deste documento, a presidência da CBF definirá os detalhes da implementação.

O cronograma projeta a implementação do sistema em 2026. O processo será realizado em etapas graduais para permitir a adaptação dos clubes às novas regras.

Por: Poder360

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