• Terça-feira, 1 de julho de 2025

O ator brasileiro que brilhou em Cannes após estrelar filme português

Jonathan Guilherme estrelou o Riso e a Faca, esteve na mostra competitiva Un Certain Regard. Ele foi amplamente elogiado pela crítica

O filme português O Riso e a Faca foi uma das produções selecionadas para a mostra Un Certain Regard, do , e saiu do evento com o prêmio de Melhor Atriz para Cleo Diára. Mas não foi só ela que chamou atenção. O brasileiro também brilhou no longa e recebeu elogios da crítica especializada por sua atuação. Antes de ingressar no cinema, construiu carreira nas quadras de vôlei. Ele conta que levou para a atuação muito do que aprendeu no esporte — disciplina, cuidado com o corpo e a mente, além de um estilo de vida saudável. Em Cannes, no entanto, veio o reconhecimento artístico que consolida sua transição para as telas. “Quando cheguei em Cannes, ainda não tinha visto o filme. Fui uns dois dias antes da première. Conheci muita gente que vinha falar do meu personagem, da poesia que ele carrega. Da potência do filme através da voz dele”, contou, em entrevista ao Metrópoles. 4 imagens O ator foi amplamente elogiado pela crítica especializadoAo Metrópoles, ele relatou a sensação de estar em um dos maiores eventos de cinema do mundo E comentou sobre a sua trajetória até ser chamado para o filmeFechar modal. 1 de 4 Jonathan Guilherme é um dos atores de O Riso e a Faca, que participou da mostra Un Certain Regard, do Festival de Cannes Reprodução/Instagram 2 de 4 O ator foi amplamente elogiado pela crítica especializado Reprodução/Instagram 3 de 4 Ao Metrópoles, ele relatou a sensação de estar em um dos maiores eventos de cinema do mundo Reprodução/Instagram 4 de 4 E comentou sobre a sua trajetória até ser chamado para o filme Reprodução/Instagram Leia também Jonathan Guilherme contou que ficou surpreso com a repercussão de sua atuação, especialmente por se tratar de sua estreia no cinema. “É muito bonito que tenha sido assim, porque a energia que quis transmitir no personagem é muito verdadeira e faz parte de quem eu sou. Eu estava extasiado, foi inacreditável”, disse. Embora soubesse da importância de Cannes, o ator revelou que ainda não compreendia o que era, de fato, viver a experiência de um dos maiores festivais de cinema do mundo. Quando o filme foi indicado, ele sentiu que algo havia se transformado. “Poder dizer, não só para minha mãe, mas para a minha cidade e para o mundo que estou no caminho de uma vitória — que finalmente tive uma grande conquista com repercussão mundial — é uma sensação indescritível. Depois, vem o tapete vermelho e a delícia de participar como ator desse festival”, relatou. O corre de Jonathan Guilherme Para viver esse momento e saborear cada conquista, Jonathan Guilherme precisou percorrer um caminho que poucos encarariam até enxergar a luz no fim do túnel. Segundo ele, a maior dificuldade foi desenvolver a autoconfiança e acreditar que era capaz de entregar uma atuação potente e verdadeira. “Isso foi muito difícil porque eu, como uma pessoa preta do interior, tive minha autoconfiança muito abalada. Eu era uma criança que se sentia feia, que não se sentia parte do mundo, que vivia pontos de disforia… Mas consegui vencer isso depois de muita luta. Hoje, me sinto uma força potente”, afirmou. Ao ser questionado sobre o que diria ao pequeno Jonathan, ele foi direto ao coração. “Supero as expectativas que meus professores tinham de mim, que amigos, família — até a vida — tinham. E eu falaria pra ele que um dia a mãe dele diria que sente como se ele fosse as asas que ela não pôde ter”, declarou. Sobre sua entrada no elenco de , Jonathan descreveu o processo como “engraçado” e revelou que até hoje descobre novas camadas sobre a própria participação, à medida que o filme ganha repercussão. “A princípio, o diretor Pedro Pinho conhecia um ator brasileiro chamado Luiz Felipe Lucas, que mora em Barcelona. Enquanto pesquisava para o personagem Guilherme, ele viu uma foto minha no Instagram do Luiz, achou meu perfil e me chamou para entrevistas”, contou. Após analisá-lo, Pedro teve certeza: Jonathan era a escolha certa. “É o que eu sinto: eu sou aquele personagem. Não é que eu sou a pessoa perfeita para o papel — é que eu sou ele. E acho que o Pedro viu isso desde o primeiro momento. E foi assim que eu fui parar em O Riso e a Faca”, concluiu.
Por: Metrópoles

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