• Sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Novo recorde: prata ultrapassa US$ 75 pela 1ª vez. Ouro também avança

Além da prata, outros metais preciosos como o ouro e a platina também operavam em alta e renovavam seus recordes históricos

Em um momento de forte valorização para os metais preciosos, considerados ativos financeiros de alta liquidez e verdadeiros “portos seguros” para o mercado global em períodos de incerteza e instabilidade, , nesta sexta-feira (26/12). A prata ultrapassou, pela primeira vez, a marca de US$ 75 a onça (o equivalente a R$ 415, pela cotação atual), consolidando a trajetória de forte valorização dos últimos dias, com recordes sucessivos. Por volta das 10h50 (pelo horário de Brasília), a prata avançava 3,53% e era negociada a US$ 74,21 (cerca de R$ 410,70). Ouro também avança Além da prata, outros metais preciosos como o e a platina também operavam em alta e renovavam seus recordes históricos. Também por volta das 10h50, o ouro subia mais de 1%, cotado a US$ 4.552 (R$ 25,1 mil) por onça-troy, de acordo com dados da divisão de metais da Bolsa de Valores de Nova York, nos . Leia também Como mostrou o Metrópoles, . No acumulado de 2025 até aqui, os contratos futuros do ouro negociados em Nova York avançam mais de 70%. O que explica a alta de ouro e prata Segundo analistas do mercado, a trajetória ascendente da cotação do ouro e da prata continua se devendo, em grande parte, à busca dos investidores por ativos mais seguros em meio às incertezas fiscais nos EUA e diante de um mercado de ações superaquecido. O mundo passa por uma fase turbulenta na geopolítica, com a guerra entre Rússia e Ucrânia (que se desenrola há quase quatro anos), a escalada na tensão entre EUA e Venezuela e recentes confrontos entre Israel e Irã. Historicamente, em períodos de incerteza e instabilidade, ativos mais seguros ganham força. A alta dos metais preciosos foi alavancada pelo chamado “comércio da desvalorização”, com investidores procurando segurança em ativos como bitcoin e criptomoedas em geral, ouro e prata, em um movimento de claro afastamento das principais moedas. Além disso, investidores se animaram com o início do ciclo de corte de juros pelo  (Fed, o Banco Central norte-americano). No início de dezembro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) da autoridade monetária dos EUA . Agora, eles se situam no patamar entre 3,5% e 3,75% ao ano. Ativo sem rendimentos, o ouro tende a se sair bem quando o juro está mais baixo. Trajetória ascendente No início deste ano, os contratos futuros do ouro eram negociados em torno de US$ 2,6 mil por onça-troy na Bolsa de Nova York. Na quarta-feira (24/12), o metal bateu a marca de US$ 4,5 mil por onça-troy. Analistas de bancos como o JPMorgan estimam que a cotação do ouro deve ultrapassar os US$ 5 mil por onça-troy em 2026. A valorização neste ano, de quase 71%, superou o desempenho do índice S&P 500, que avançou 18%.
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: