• Domingo, 10 de agosto de 2025

Novo diz que suspensão de Van Hattem é perseguição

Motta encaminhou pedido da base do governo à Corregedoria da Câmara; partido afirma que representação é abusiva.

O Novo afirmou, neste sábado (9.ago.2025), que o pedido de suspensão por 6 meses do mandato do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), líder do partido na Casa, é uma perseguição abusiva contra o congressista e contra “milhares de brasileiros”.

“O que antes era encarado como parte da democracia, agora tornou-se motivo para perseguição severa, atingindo não apenas os parlamentares, mas milhares de brasileiros que eles representam”, afirmou em nota divulgada no perfil oficial do partido no X.

Na mesma nota, o partido afirma que a obstrução parlamentar é um instrumento legítimo e tradicional do jogo político que é “amplamente usado pela esquerda quando era oposição, sem qualquer sanção”.

Eis a nota do partido:

Em seu perfil oficial no X, o deputado escreveu que a tentativa de suspender seu mandato é um “golpe do PT”. Ele afirma que o pedido precisa ser arquivado pela Corregedoria da Câmara dos Deputados pois ele integrou uma “manifestação pacífica”.

Van Hattem diz que a motivação do pedido não seria pela obstrução dos trabalhos na Câmara, mas pelo “medo” que a esquerda tem das “vitórias” recentes da oposição no Congresso.

“A esquerda está com medo da nossa importante vitória, com mais 3 partidos apoiando a anistia aos perseguidos políticos e o fim do foro privilegiado na Câmara; e as 41 assinaturas necessárias para abrir processo de impeachment contra Alexandre de Moraes no Senado”, afirmou em seu perfil no X.

A Mesa Diretora da Câmara, presidida por Hugo Motta (Republicanos-PB), enviou à Corregedoria Parlamentar, na 6ª feira (8.ago), representações disciplinares contra os deputados que barraram os trabalhos em plenário por 30 horas, de 3ª feira (5.ago) até a noite de 4ª feira (6.ago). A Corregedoria tem 48 horas para analisar os casos e elaborar um parecer.

Os 14 deputados são todos da oposição, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles ocuparam a Mesa Diretora para pressionar Motta a colocar em votação o projeto que concede anistia aos envolvidos nas invasões dos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. A manifestação também protestava contra a prisão domiciliar do ex-presidente, acusado de tentativa de golpe de Estado.

Por: Poder360

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