Levantamento Genial/Quaest divulgado nesta 2ª feira (3.nov.2025) mostra que 85% dos moradores do Rio de Janeiro apoiam aumentar a pena de assassinatos cometidos a mando de organizações criminosas. Atualmente, homicídios dolosos têm penas que variam de variam de 6 a 20 anos de reclusão –o número pode aumentar em casos de crimes qualificados.
A pesquisa mostra também que 72% são a favor de enquadrar as facções como organizações terroristas, demanda defendida por governadores alinhados à direita. Já a PEC da Segurança Pública, proposta de emenda constitucional de autoria do governo que estabelece uma coordenação entre as polícias, é apoiada por 52%.
A pesquisa foi realizada de 30 a 31 de outubro de 2025. Foram entrevistadas 1.500 pessoas com 16 anos ou mais em 40 municípios do Estado. O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais.
O governo federal enviou ao Congresso Nacional na 6ª feira (31.out) o projeto de lei Antifacção, que endurece penas contra o crime organizado. Em abril, já havia enviado a PEC que dá um novo status institucional à segurança pública.
Depois da operação Contenção nos complexos de favelas do Alemão e da Penha –a mais letal da história do Brasil, com 121 mortes confirmadas na zona norte do Rio–, na 3ª feira (28.out), o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) passou a investir ainda mais no tema.
Governadores da direita, como o do Rio, Cláudio Castro (PL), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), têm como uma de suas principais pautas enquadrar as facções como organizações terroristas. O governo Lula é contra, por ver uma brecha para intervenções estrangeiras no Brasil.
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