Consumo mundial de café atinge 485 mil sacas por diaO grande diferencial do projeto é a utilização de um inóculo específico desenvolvido pela própria LDC, que decompõe com eficiência os resíduos orgânicos provenientes do processamento de cítricos, como laranjas e limões. Durante a fase de testes piloto, a LDC atingiu resultados que superaram em até 16% a eficiência de tecnologias já existentes no mercado. O biogás produzido substituirá o gás natural tradicionalmente usado nas indústrias da companhia, o que representará uma economia estimada em 50% no consumo de combustíveis fósseis da unidade. Processo de Produção Sustentável O processo de tratamento dos efluentes começa em um tanque homogeneizador, seguindo para lagoas anaeróbicas, onde o inóculo realiza a decomposição da matéria orgânica. Posteriormente, o material é transferido para lagoas aeróbicas para filtragem final. A água resultante, totalmente tratada, será devolvida integralmente ao Rio Paiol, garantindo que não haja desperdício ou contaminação. Além disso, o lodo gerado pelo processo poderá ser reutilizado como fertilizante orgânico nos mais de 30 mil hectares de pomares administrados pela empresa. A construção está prevista para ser concluída até o final do primeiro semestre de 2026, com potencial de ampliação, já que o terreno total adquirido tem 10 mil hectares, possibilitando a expansão caso a demanda aumente. Segundo Paulo Hladchuk, Head Global da Plataforma de Sucos da LDC, o projeto possibilita um modelo real de economia circular: “ Teremos uma usina que fará economia circular real e ainda reduzirá as emissões de CO₂ em 20%“, destacou.
Multinacional do agro constrói a maior usina de biogás do mundo a partir da citricultura
A nova planta será a maior usina de biogás do mundo e terá uma área total de aproximadamente 200 mil m² e uma capacidade inicial de tratar 400 m³/h de efluentes cítricos gerados na unidade local da LDC, podendo gerar mais de 50 mil Nm³/dia de biogás.
A nova planta será a maior usina de biogás do mundo e terá uma área total de aproximadamente 200 mil m² e uma capacidade inicial de tratar 400 m³/h de efluentes cítricos gerados na unidade local da LDC, podendo gerar mais de 50 mil Nm³/dia de biogás. A Louis Dreyfus Company (LDC), multinacional francesa e uma das líderes globais na produção e comercialização de sucos cítricos, lançou oficialmente nesta terça-feira (11) a construção da maior usina de biogás do mundo produzida a partir de efluentes cítricos, localizada em Bebedouro, interior de São Paulo.
A nova planta terá uma área total de aproximadamente 200 mil m² e uma capacidade inicial de tratar 400 m³/h de efluentes cítricos gerados na unidade local da LDC, podendo gerar mais de 50 mil Nm³/dia de biogás. A expectativa é de uma redução superior a 20% nas emissões de CO₂ da operação em Bebedouro, alinhada ao compromisso global da companhia com a sustentabilidade.
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Outro aspecto estratégico do projeto é a possível produção futura de biometano, desde que o biogás passe por um processo de purificação que eleve sua concentração de metano para 96%, permitindo sua utilização comercial e em frotas de veículos da própria empresa.
Apoio do Governo de São Paulo O projeto conta com importante apoio institucional do Governo do Estado de São Paulo, que tem estimulado investimentos em energias renováveis e biocombustíveis. Guilherme Piai, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado, destacou que “ este investimento de milhões de dólares demonstra a confiança no ambiente de negócios em São Paulo, que oferece segurança jurídica, pesquisa e disponibilidade de crédito para o agronegócio“.
Importância Econômica e Ambiental da Maior Usina de Biogás do Mundo O investimento reflete a confiança da companhia no setor cítrico brasileiro, especialmente em São Paulo, onde são produzidos sete em cada dez copos de suco consumidos no mundo. O setor cítrico paulista gerou mais de 45 mil empregos na safra 2023/2024, crescimento de 10% em relação ao ano anterior, demonstrando o impacto positivo do setor na economia regional. A Louis Dreyfus Company teve, no primeiro semestre de 2024, uma receita líquida global de US$ 25,6 bilhões, mantendo estabilidade em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido global foi de US$ 489 milhões, representando uma queda de 14%. Já no Brasil, em 2023, a companhia teve um crescimento expressivo, com lucro líquido de R$ 687,3 milhões, aumento de 13 vezes em relação a 2022, apesar de uma redução de 5,8% na receita, totalizando R$ 42,9 bilhões.
Juliana Pires, Head Global de Indústria e Qualidade da LDC, ressaltou que “ cada detalhe da planta foi pensado para maximizar o impacto ambiental positivo e garantir eficiência no uso dos recursos naturais“. Isso reforça o compromisso da multinacional com práticas sustentáveis e inovação tecnológica aplicada ao agronegócio.
Por: Redação