• Quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Mosaic vende única mina de potássio em operação no Brasil para a VL Mineração

Negócio de até US$ 27 milhões inclui única mina de potássio em operação no Brasil, e a assunção de obrigações e marca a saída da Mosaic, multinacional norte-americana, do segmento no país

Negócio de até US$ 27 milhões inclui única mina de potássio em operação no Brasil, e a assunção de obrigações e marca a saída da Mosaic, multinacional norte-americana, do segmento no país A Mosaic Company, gigante norte-americana do setor de fertilizantes, anunciou a venda da Mosaic Potássio Mineração Ltda., operadora da mina Taquari-Vassouras, localizada em Rosário do Catete (SE), para a brasileira VL Mineração Ltda.. O acordo prevê o pagamento de até US$ 27 milhões em dinheiro — sendo US$ 12 milhões no fechamento, US$ 10 milhões um ano depois e US$ 5 milhões ao longo de seis anos — além da assunção, pela compradora, de aproximadamente US$ 22 milhões em obrigações de desmobilização de ativos. A conclusão da transação está condicionada à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e outras etapas regulatórias, com previsão de encerramento até o fim de 2025.
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    Estratégia e impactos financeiros na Mosaic A Mosaic justificou a decisão com base em sua estratégia global de realocar capital para áreas de maior retorno. Segundo Bruce Bodine, presidente e CEO da companhia, a venda “permite concentrar recursos em oportunidades nas quais a empresa tem vantagem competitiva e potencial de retorno mais elevado”. A companhia informou que, a partir do terceiro trimestre de 2025, o ativo será registrado como “mantido para venda”, com um prejuízo contábil estimado entre US$ 50 milhões e US$ 70 milhões. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({mode:'thumbnails-mid', container:'taboola-mid-article-thumbnails', placement:'Mid Article Thumbnails', target_type: 'mix'});A mina de Taquari-Vassouras, única mina de potássio em operação no Brasil, exigiria investimentos superiores a US$ 25 milhões para manter sua operação viável. A Mosaic avaliou que esse capital seria mais bem aplicado em outros negócios. A decisão também reflete o estágio avançado de exaustão das reservas, o que vem reduzindo o volume de produção anual — em 2024, foram 398 mil toneladas de cloreto de potássio. A VL Mineração, subsidiária da VL Holding — grupo brasileiro de capital fechado com 20 anos de atuação no agronegócio e raízes familiares de mais de 70 anos no setor — vê na aquisição uma oportunidade estratégica. Segundo Daniel Moreira, CEO da VL Holding, o negócio permitirá manter e expandir a oferta nacional de potássio para o mercado de fertilizantes, garantindo empregos e estimulando a economia local. A empresa já sinalizou intenção de investir na expansão das operações de Taquari-Vassouras. Histórico da mina Taquari-Vassouras O complexo é a única mina de potássio em produção no Brasil e possui uma trajetória marcada por mudanças de controle. Implantada no início da década de 1980 pela estatal Petromisa, subsidiária da Petrobras, foi posteriormente transferida para a Vale e, mais tarde, vendida à Mosaic juntamente com outros ativos de fertilizantes. A mina explora reservas subterrâneas de silvinita, mineral rico em potássio essencial para a fabricação de fertilizantes. Potássio e dependência externa O potássio é um dos três macronutrientes mais importantes para a agricultura, ao lado de nitrogênio e fósforo, e o Brasil depende fortemente da importação desse insumo, trazendo mais de 90% de sua demanda do exterior. A manutenção da operação de Taquari-Vassouras, mesmo em menor escala, é considerada estratégica para a segurança alimentar e a redução da vulnerabilidade logística no setor agrícola.
    Por: Redação

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