• Terça-feira, 9 de setembro de 2025

Moraes parecia o líder do PT no Supremo, diz Flávio Bolsonaro

Segundo o senador, o ministro se conteve para não sorrir durante sua fala e agiu "como quem está praticando uma vingança”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse nesta 3ª feira (9.set.2025) que o voto do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), foi um “ato político” semelhante ao de um “líder do PT”.

“É uma tristeza no coração ver como uma pessoa pronuncia um voto político, com tanta raiva, com tanto ódio, parecia o líder do governo do PT no Supremo, proferindo palavras sem embasamento jurídico, sem vinculação com absolutamente nenhuma prova, como quem está ali praticando uma vingança”, disse o senador durante conversa com jornalistas no Senado.

A fala do senador foi depois do pronunciamento do voto de Moraes -o relator do processo- no julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 7 integrantes da trama golpista.

Segundo outros integrantes da oposição, que também discursaram, Moraes quer punir Bolsonaro por motivos pessoais.

“O julgamento que agora acontece, ele é ilegal e é imoral. As peças apresentadas por Alexandre de Moraes, elas estão longe de estar condenando alguém que nada roubou, que não esvaziou os cofres do país, alguém que não lambeu os fundos de pensão, que assaltou a Petrobras. Bolsonaro não está sendo julgado por peculato, por lavagem de dinheiro e por formação de quadrilha. É pessoal tão somente”, disse o senador Magno Malta (PL-ES).

O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, votou nesta 3ª feira (9.set.2025) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos outros 7 réus pelos crimes denunciados pela PGR (Procuradoria Geral da República), incluindo tentativa de golpe de Estado. O julgamento se dá na 1ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), que analisa a participação do chamado núcleo 1 em um esquema para abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Para o relator, Bolsonaro liderou plano de ruptura institucional, com atuação direta nos “atos executórios” do golpe de Estado. O voto do ministro considerou que “não restam dúvidas de que houve tentativa de golpe, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, a formação de organização criminosa e a ocorrência de danos ao patrimônio público”.

Esta reportagem foi escrita pelo estagiário de jornalismo Davi Alencar sob a supervisão do editor Guilherme Pavarin

Por: Poder360

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