A agência de classificação de risco Moody’s elevou nesta 5ª feira (17.jul.2025) a nota de crédito de longo prazo da Argentina de Caa3 para Caa1. Na prática, subiu 2 patamares. Também mudou a perspectiva da avaliação de “positiva” para “estável”.
A avaliação mantém a Argentina no grau especulativo. Isso significa dizer que há um risco elevado de o país não honrar os compromissos financeiros. Leia a íntegra do relatório, em inglês (PDF – 133 kB).
“A posição fiscal equilibrada representa uma ruptura com a longa história de domínio fiscal e financiamento do deficit pelo Banco Central da Argentina, sugerindo que a recuperação atual provavelmente será mais duradoura”, afirma um trecho do documento.
A agência também projetou um crescimento real do PIB (Produto Interno Bruto) argentino de 4% em 2025 e 3,5% em 2026.
O relatório menciona haver um processo de desinflação em curso, que foi “impulsionado por uma mudança vigorosa na política fiscal e macroeconômica e as reformas econômicas que buscam remover distorções de mercado e atrair investimento real”.
A agência também cita a flexibilização cambial argentina. Em abril de 2025, a equipe do FMI (Fundo Monetário Internacional) e o governo do presidente Javier Milei (La Libertad Avanza, direita) chegaram a um acordo para que o país obtivesse um empréstimo de US$ 20 bilhões.
O anúncio do novo aporte se dá depois que o país decidiu flexibilizar o controle cambial para pessoas físicas, implementado em 2019. Era uma exigência da instituição financeira para conceder o aporte.
