Sem justificativa
“Não há justificativa legal, nem tampouco razoabilidade, em se suspender a realização dos interrogatórios da presente ação penal para aguardar a oitiva de testemunhas arroladas em outras ações penais e que jamais foram consideradas necessárias, pertinentes e importantes pela defesa de Jair Messias Bolsonaro”, escreveu o ministro. Na quinta-feira (5), Moraes já havia negado pedido similar feito pela defesa do general Walter Braga Netto, também réu na mesma ação. A ação penal 2668 tem como alvo o chamado núcleo crucial da trama golpista - o núcleo 1 - composto pelas principais cabeças do complô, segundo a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet. A divisão da denúncia em cinco núcleos foi proposta pelo PGR e autorizada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, colegiado responsável por julgar o caso.Núcleo 1
Os oito réus compõem o chamado núcleo crucial do golpe - o núcleo 1 - e tiveram a denúncia aceita por unanimidade pela Primeira Turma do STF em 26 de março. São eles:- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro nas eleições de 2022;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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