O presidente da Argentina, Javier Milei (La Liberdad Avanza, direita), disse neste domingo (26.out.2025) que o resultado das eleições de meio termo no país –que aumentou a presença de seu partido no Congresso argentino- é o início de uma “grande Argentina”.
“Começa a construção de uma grande Argentina […] Vamos poder sentar para conversar sobre um país diferente, que hoje nem podemos imaginar. Não apenas defender as reformas já feitas, mas também as que faltam“, afirmou em pronunciamento.
Segundo Milei, o resultado é a confirmação do mandato que ele assumiu em 2023. “A Argentina confirmou sua convocação para mudar, de forma irreversível, o destino da nação”, disse.
O partido de Milei teve 40,75% dos votos contra 24,3% do Força Pátria, a principal força opositora. Com o resultado, leva 64 assentos na Câmara e 13 no Senado.
O presidente argentino afirmou que antes das eleições de meio de mandato, sua administração se dedicou a evitar que a Argentina caísse em um precipício econômico.
“Durante os primeiros 2 anos nos dedicamos a evitar que a Argentina caísse em precipício. Enfrentamos as piores condições que poderíamos encontrar”, declarou.
O La Liberdad Avanza venceu em 16 das 24 províncias: Tierra del Fuego, Chubut, Rio Negro, Neuquén, Província de Buenos Aires, Cidade de Buenos Aires, Mendoza, San Luis, Córdoba, Entre Ríos, Santa Fé, Misiones, Chaco, Salta, Jujuy e La Rioja.
A eleição deste domingo renovaram metade das cadeiras da Câmara dos Deputados (127 de 257) e ⅓ das cadeiras do Senado (24 de 72).
Além de um termômetro da popularidade presidencial, o pleito foi um teste de sobrevivência política para o libertário, que precisa ampliar sua base legislativa para aprovar privatizações, reformas trabalhistas e cortes fiscais que sustentam sua agenda econômica.
O pleito era considerado decisivo para o governo de Milei porque, com minoria nas duas Casas, ele dependeria de ampliar sua base parlamentar para conseguir aprovar reformas econômicas e privatizações que sustentam sua agenda.
Desde que assumiu a Casa Rosada, em dezembro de 2023, Milei enfrenta um Congresso fragmentado e um país dividido sobre as reformas ultraliberais. Sua coalizão tinha números que o obrigavam a negociar cada projeto com opositores e partidos provinciais.





