O governo da Malásia anunciou nesta 4ª feira (3.dez.2025) que a empresa norte-americana Ocean Infinity retomará, em 30 de dezembro, as buscas pelo voo MH370 da Malaysia Airlines, segundo a CBS. A operação terá duração inicial de 55 dias e será concentrada em áreas específicas do sul do Oceano Índico consideradas as mais prováveis para localizar os destroços.
O Boeing 777 sumiu em 8 de março de 2014, 39 minutos depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim. A bordo estavam 227 passageiros e 12 tripulantes. A última comunicação do piloto com a torre foi dando boa noite. Pouco depois, o transponder foi desligado, e radares militares indicaram mudança de rota em direção ao sul do Oceano Índico.
A Ocean Infinity atuará sob contrato do tipo no find, no fee. A empresa receberá US$ 70 milhões apenas se localizar os restos da aeronave. A área atual de buscas abrange cerca de 15.000 km² recém-definidos a partir do cruzamento de dados de satélite, deriva de destroços e análises de especialistas.
Austrália, Malásia e China coordenaram a maior operação subaquática já realizada, cobrindo cerca de 119.000 km² de 2014 a 2017, sem sucesso. Em 2015, uma parte da asa foi encontrada na Ilha Reunião (França), com outros fragmentos localizados posteriormente na África Oriental. Em 2018, a própria Ocean Infinity conduziu nova tentativa, também sem resultados.
Investigações oficiais descartaram responsabilidade de passageiros e tripulação, mas apontaram a possibilidade de “interferência ilegal”. As conclusões indicam que as comunicações foram cortadas deliberadamente. A Ocean Infinity afirmou que utilizará tecnologias atualizadas e novos modelos de análise para focar no local mais provável do impacto da aeronave.





