As últimas investidas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicam que o petista passou a apostar na classe média para tentar reverter a queda de popularidade. Apenas em março, ele anunciou 3 iniciativas que poderiam beneficiar o grupo:
Lula busca reverter a baixa popularidade registrada em pesquisas de opinião.
Pesquisa PoderData realizada de 15 a 17 de março de 2025 mostrou que 53% dos brasileiros desaprovam o trabalho do presidente, enquanto 41% aprovam. Leia abaixo a estratificação por renda familiar:
A seguir, os dados registrados de 29 a 31 de janeiro de 2023:
Em pouco mais de 2 anos, o percentual dos brasileiros que recebem de 2 a 5 salários mínimos e desaprovam a administração petista saltou de 45% para 57%, alta de 12 pontos percentuais.
Em 2025, o presidente citou o termo “classe média” ao menos 14 vezes em seus discursos, entrevistas e pronunciamentos. Uma das frases repetidas por Lula em 2025 é de que ele quer que o Brasil se torne um “país de classe média”.
O petista costuma dizer que prefere pouco dinheiro na mão de muitos do que muito dinheiro na mão de poucos. Para ele, ter um país de classe média seria uma realidade onde a maioria das pessoas tem um poder de compra para as suas necessidades básicas e para um pouco além.
Apesar dos esforços, algumas medidas do governo contribuíram para a queda da popularidade entre o grupo. Foi o caso da “taxa das blusinhas”, que aumentou em 20% o imposto de importação somado à cobrança de 17% de ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) para compras de até US$ 50 pela internet.
A derrota no Pixgate, a inflação dos alimentos aliada a declarações controversas do governo sobre trocar laranja por outra fruta ou deixar de comparar produtos caros também contribuem para a queda de popularidade.