Lula e Trump devem se reunir em breve, diz Vieira após reunião nos EUA
Após reunião com Rubio, Vieira diz que diálogo entre Brasil e EUA segue construtivo e prepara reunião presencial entre Lula e Trump
O ministro das Relações Exteriores, , afirmou nesta quinta-feira (17/10), que os presidentes devem se encontrar em breve, embora data e local ainda não tenham sido definidos. A declaração foi feita após Vieira participar de uma reunião em Washington com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, dedicada à retomada do diálogo político entre Brasil e Estados Unidos.
“Vai depender se as datas das agendas coincidirem; tudo será estudado e preparado. Mas há interesse de ambas as partes para que os presidentes se encontrem muito em breve”, destacou Vieira.
Segundo o chanceler, a conversa com Rubio foi “muito produtiva” e marcada por uma atitude construtiva, com ênfase em cooperação e respeito mútuo.
“Prevaleceu uma atitude construtiva na retomada das relações entre nossos países”, disse Vieira, destacando que o diálogo com parlamentares norte-americanos faz parte dos esforços para reaproximar Brasil e EUA em temas econômicos, ambientais e de segurança.
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Vieira acrescentou que os canais de comunicação estão sendo mantidos ativos para definir detalhes logísticos e agenda da reunião presidencial, reforçando o compromisso de Brasília em manter um diálogo direto e construtivo com Washington.
“O encontro foi muito produtivo, em um clima excelente de descontração e de troca de ideias e posições de uma forma muito clara e objetiva, e com muita disposição para trabalhar em conjunto, para traçar, então, uma agenda bilateral de encontros, para tratar de temas específicos de comércio”, disse.
Primeira reunião em meses
Esta foi a primeira reunião entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil e o secretário de Estado dos EUA desde janeiro, quando Donald Trump iniciou seu segundo mandato à frente da Casa Branca.
A visita do chanceler brasileiro à Casa Branca ocorreu em um momento de diminuição das tensões entre Brasília e Washington, após o encontro inesperado entre Trump e Lula em Nova York, durante a 80ª Assembleia Geral da ONU.
Tarifas e sanções
Nos últimos meses, o governo brasileiro enfrentou tarifas e sanções impostas pelo governo norte-americano, incluindo uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros, sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a inclusão do nome de Alexandre de Moraes na lista da Lei Magnitsky.
A pressão do governo de Trump não teve somente motivação comercial, mas também política. O norte-americano já afirmou que o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros é, em parte, uma resposta ao caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado.
Por: Metrópoles