O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Janja Lula da Silva receberam nesta 5ª feira (7.ago.2025) no Palácio do Alvorada, em Brasília, o elenco e a equipe do filme “O Agente Secreto” para uma sessão do Cine Alvorada. A produção, dirigida por Kleber Mendonça Filho, foi premiada no Festival de Cannes.
O diretor Kleber Mendonça Filho e os atores Wagner Moura, Alice Carvalho, Carlos Francisco e Sebastiana de Medeiros integram a lista de convidados.
Estiveram presentes nomes como Humberto Costa (PT-PE), Pedro Campos (PSB-PE), a senadora Teresa Leitão (PT-PE), a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, o ministro da Defesa, José Múcio, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Lula aproveitou a ocasião para reforçar a defesa da autonomia econômica e política do país. “Vocês estão aqui para ver o nosso cineasta receber o prêmio Brasil soberano”, disse aos jornalistas presentes.
O presidente tem colocado a soberania como pilar de sua comunicação, sobretudo ao reagir ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos que atinge cerca de 78% das exportações brasileiras.
O governo inclusive lançou uma campanha com o slogan “Brasil com S de soberania”, zombando da grafia “Brazil” em inglês.
No evento, o grupo de frevo Guerreiros do Passo se apresentou antes do início da sessão e Lula cumprimentou um a um os músicos presentes.
O presidente também afirmou em discurso que “há muito tempo a gente conquistou o direito de não ser tratado como 3º mundo. O mundo é redondo, não tem 1º, 2º ou 3º. Tem o mundo, e nós fazemos parte dele”.
O evento aconteceu sem a presença dos presidentes da Câmara e do Senado, ausentes um dia depois da obstrução que marcou as votações no Congresso. Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) já foram convidados para o “Cine Alvorada”.
Lula também destacou a importância da conquista do Brasil ao sair do mapa da fome. Segundo ele, “é uma conquista que vale o Oscar, vale Cannes e vale Berlim”.
Depois, chorou ao falar da situação em Gaza e da fome no mundo. Disse que há um paradoxo de Israel ao oferecer alimento e água para crianças enquanto a violência persiste na região. “Então a cultura é temida porque é a cultura da consciência política”, afirmou.