A Vale registrou lucro líquido de US$ 2,12 bilhões no 2º trimestre de 2025, valor 24% inferior em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho foi afetado principalmente pela queda nos preços do minério de ferro e pelo impacto negativo de coligadas, como a Samarco. Eis a íntegra do balanço financeiro (PDF – 3 MB), publicado nesta 5ª feira (31.jul.2025).
A receita líquida somou US$ 8,8 bilhões, retração de 11% na comparação anual, pressionada pela redução de 13% no preço médio de finos de minério de ferro, que ficou em US$ 85,1 por tonelada.
O Ebtida (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da mineradora foi de US$ 3,386 bilhões, queda de 15%.
A empresa destacou melhora operacional em todos os segmentos, com destaque para o aumento de 17% nas vendas de cobre e de 21% do níquel. Já os embarques de minério de ferro recuaram 3%, “refletindo a estratégia de otimização do portfólio em andamento”.
O Conselho de Administração da Vale aprovou a distribuição de R$ 1,5 bilhão em JCP (juros sobre capital próprio), no valor bruto de R$ 1,895387417 por ação. O pagamento será feito em 3 de setembro de 2025 para acionistas com posição até 12 de agosto na B3.
No caso dos ADRs (American Depositary Receipt) negociados em Nova York, a data de corte é 13 de agosto, com pagamento a partir de 10 de setembro.
Leia a íntegra do comunicado (PDF – 77 kB).
A mineradora também anunciou a revisão para baixo de sua projeção de custo all-in (custo total da produção, incluindo operação, manutenção e créditos de subprodutos) para o cobre em 2025.
O intervalo estimado caiu de US$ 2.800 a US$ 3.300 por tonelada para US$ 1.500 a US$ 2.000 por tonelada, segundo comunicado ao mercado. Eis a íntegra (PDF – 80 kB).
A companhia atribui a revisão à melhoria de desempenho operacional nas operações de cobre e ao aumento de receitas com subprodutos. Apesar da revisão, a Vale ressaltou que a nova estimativa é hipotética e sujeita a mudanças por fatores de mercado fora do controle da mineradora.