• Quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Líderes da UE dizem que Ucrânia deve decidir próprio destino

A poucos dias do encontro entre Trump e Putin, líderes do bloco europeu insistem que caminho para a paz deve ter participação dos ucranianos

Líderes da União Europeia (EU) enfatizaram nesta terça-feira (12/8) que os ucranianos devem “decidir seu próprio destino”, três dias antes de uma , Donald Trump, e seu homólogo russo, Vladimir Putin, . “Nós, líderes da União Europeia, aplaudimos os esforços do presidente Trump para encerrar a guerra de agressão da Rússia na Ucrânia e alcançar uma paz justa e duradoura para a Ucrânia”, escreveram. Acrescentando que estão “prontos para apoiar diplomaticamente” o empenho do presidente americano e por meio de apoio militar e financeiro a Kiev, os líderes reiteraram a necessidade do fornecimento de “garantias de segurança robustas e confiáveis” para a Ucrânia e do próprio “apoio inabalável” europeu ao país. Leia também Os líderes europeus insistiram que o caminho para a paz na Ucrânia “não pode ser decidido” sem participação de Kiev e afirmaram que negociações substantivas só podem ser realizadas “no contexto de um cessar-fogo ou de uma redução das hostilidades”. A declaração defende que a atual linha de contato entre a Rússia e a Ucrânia só poderia ser um “ponto de partida para as negociações”. O comunicado conjunto da UE foi divulgado dias após texto similar assinado por sete líderes de UE, juntamente com Reino Unido e publicado por Londres. Hungria não apoiou declaração A declaração, que foi acordada na noite de segunda-feira e publicada na terça-feira, foi endossada por líderes de todos os países-membros da UE, exceto a Hungria, que se recusou a apoiar o texto. O governo nacionalista de direita do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, se opõe à ajuda militar da UE à Ucrânia, que, segundo ele, está prolongando o conflito, e criticou as sanções à Rússia como ineficazes e prejudiciais à economia europeia. Durante a presidência húngara da UE, no segundo semestre de 2024, Orbán irritou outros líderes ao visitar o presidente Vladimir Putin em Moscou e se apresentar como mediador. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, e líderes europeus devem se reunir com Trump nesta quarta-feira por videoconferência, um compromisso agendado por iniciativa do chanceler federal alemão, Friedrich Merz. Os europeus e a Ucrânia temem que Putin possa obter concessões favoráveis e definir os contornos de um acordo de paz sem eles. “Conversas construtivas” Nessa segunda-feira (11/8) na Casa Branca, Trump não confirmou que vá participar da reunião virtual com os europeus e foi vago sobre suas expectativas para o encontro de sexta-feira com Putin no Alasca, dizendo espera “conversas construtivas” que quer ver o que o líder russo “tem em mente” para encerrar a guerra na Ucrânia. O presidente dos EUA voltou a dizer que qualquer acordo de paz provavelmente envolveria “troca de territórios”, algo que foi descartado por Zelenski. A Rússia detém um controle instável sobre quatro regiões do país, duas no leste e duas no sul. Trump criticou Zelenski, se dizendo um “pouco chateado” devido às últimas declarações dele sobre o encontro no Alasca e observando que o líder ucraniano esteve no poder durante toda a guerra e que “nada aconteceu” durante esse período.
Por: Metrópoles

Artigos Relacionados: